quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A PRÁTICA DO DESAPEGO

Falar em desapego é mais fácil do que praticar...

Praticar o desapego é simples; difícil no começo, mas quando realmente entramos no grau de consciência e entendimento, fica mais fácil.

Difícil é ficar no embate ou teorizando...

É o desapego que favorece a boa mudança. Desapego não me soa como ficar indiferente à realidade, mas, entender que é hora de seguir adiante e deixar aquilo que te prende, te soltar. Melhor, é hora de nos soltarmos do que nós nos deixamos prender. 

Às vezes eu me pego observando a beleza da Natureza e vejo árvores com raízes enormes, fortes, firmes e elas são felizes assim, porque já cumpriram e cumprem a bela missão de nascer de um pequeno fruto e produzir outros tantos que vão seguir e seguir, até encontrar o solo e deixarem-se nascer. Todo mundo tem um ponto a chegar e só lá fincaremos nossa raiz física, mas, nossa vida quer mais e estará em cada pólen que voa por aí, se multiplicando em cada nova fase. Seguir não quer dizer deixar de saber de onde veio, mas, saber para onde quer ir e ir!

Se desapegar é entender o que é mais importante: ir ou permanecer. Em muitos casos, a pessoa se encontra e o permanecer é a missão de vida. O desapego, nesses casos, é das ilusões de que deveria estar vagando por aí. Vagar não é desapegar, é ir sem saber para onde, nem de onde veio.

Nem toda oportunidade é de ir a outro lugar, mas, se for para ir, só indo para saber. Se for para voltar, só voltando para saber. Vai e volta, se for o caso. Enquanto há vida, há como se redimir, há o que aprender, há para onde ir de novo... Isso, para mim, também é desapego: desapego de idéias fixas e de pensamentos engessantes.

Desapego é estar aberto, com consciência de si!

Pat Lins.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

IGNORAR


O não saber, para mim, é normal. Ninguém nasce sabendo de tudo, tão pouco, creio que nasçamos vazios. 

O que eu penso não ser normal é o não procurar saber e o fazer sem saber, alegando seguir algo que nem sabe se é...

Ir em busca requer que reconheçamos antes de tudo. Se não houver um algo identificado, não há um algo  a ser conhecido, muito menos, reconhecido.

Para se saber basta ir à fonte certa. Só para ter um exemplo do que é cuidado com o "onde" se buscar a informação, uma pessoa conversava comigo e me disse que uma cliente havia comprado um carro pela própria empresa e havia comprado com desconto. Ele manifestou interesse em fazer a mesma coisa com o dele. Perguntei: "você foi procurar saber como é o procedimento?" e ele me disse: "Sim, fui. Mas, me disseram que não existe isso não...". Como eu não me contento com informações pela metade, continuei: "E onde foi que você pegou essa informação? Em qual concessionária? Talvez outra trabalhe dessa forma. Sua cliente afirmou ter efetuado uma compra dessa maneira. Pergunte onde ela comprou...". Ele me diz: "Ah, eu não fui em concessionária nenhuma, não. Eu perguntei à gerente do banco onde sou correntista e ela me disse que não sabia de nada disso...". E assim agimos muitas vezes: perguntamos as perguntas certas nos lugares/fontes erradas e afirmamos estarmos de posse da informação precisa e, muitas vezes, deixamos de ter e /ou fazer o que era realmente preciso. E o que seria, morre num presente sem nem ter havido... passa a ser passado, morto, sem nunca ter existido.

Se querermos saber de algo, precisamos buscar informação, investigar. Nem sempre teremos acesso a todos os tipos de informação... até hoje, me bato para entender as respostas da Vida... Mas, em casos concretos, só ignoramos aquilo que não vamos em busca de saber. E saber no lugar certo. Não adianta perguntar a um açougueiro que remédio tomar para dor de cabeça...

Ah, não saio por aí querendo saber de tudo, para ignorar menos. À medida que minhas dúvidas surgem, investigo, observo, reflito... O grande problema está na falta de humildade e na ignorância da própria dúvida. Tem gente que sabe que não sabe e diz saber, por não ter tido dúvida... as más interpretações são um outro obstáculo. A clareza é clara, não há dúvida. Se há uma pontinha mínima de não entendimento, melhor lançar e esclarecer. Dúvida não é motivo de vergonha. O fingir não ter e se acomodar a ela é que deveria ser.

Não há uma resposta "certa" para tudo, mas, há alguma que se aproxima mais e funcione de maneira mais flúida. Consultar uma bússola não te põe no Norte, mas, mostra onde ele está.. ainda assim, existem dois: magnético e geográfico - para quem não se lembrar das aulas de geografia, http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-a-diferenca-entre-os-polos-magneticos-e-geograficos-da-terra. Referência do que se quer saber é tão importante quanto o que se quer saber. Fica mais próximo... Mesmo assim, não há precisão - até nossas referências para referências são limitadas. Tão importante quanto tudo isso é começarmos a querbarmos certos paradigmas engessantes, certos estigmas paralisantes.

"Navegar é preciso, viver não é preciso."
EU NÃO SEI, MAS POSSO PROCURAR SABER!

Pat Lins.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

TEMPO DE SER

Se passou o Tempo de SER e não deu seu tempo para alcançar, nada de choro, nada de lamento! Outro Tempo há de chegar. Continua na labuta do cotidiano e aguarda, plantando e regando, o Tempo novo que há de chegar, o Tempo do Novo Ser, que é e será!

Tempo! Tempo! Tempo! Sempre chega de Tempo em Tempo no tempo certo!

Pat Lins.

sábado, 25 de agosto de 2012

NOSSA INTELIGÊNCIA


Eu penso que não é a nossa inteligência o nosso maior diferencial, e sim, como usamos essa inteligência...

Pat Lins.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CATARSE ALIVIA

Depois que todo mundo aprendeu a falar: "catarse", todo mundo acha que é capaz de fazer e, diante de um alívio imediato, considera-se curado... Será? Curado de quê?

Já reparei que diante de uma emoção forte, um rompante, algumas pessoas utilizam técnicas para "colocar para fora" a tensão, em vez de diluir ou, de administrá-la com primazia. Aspirina alivia a dor de cabeça...

Aliviar dá força para seguir. Nem sempre consegue tocar e atravessar profundamente a ponto de transformar... 

Tomemos cuidados com o nosso "como agimos" e o "que falamos", melhor ainda, avaliemos "o que pensamos". Pensar, sentir, falar e agir - sejamos coerentes! O equilíbrio é no desequilíbrio, mesmo, indo equilibrando.

Pat Lins.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

INDO

A gente espera tanto "chegar lá" que nem percebe quando está indo ou está parado.

Cada dia que passa, mais vejo que coisas acontecem o tempo inteiro. Que uma fase é sempre passageira, mesmo assim, isso não quer dizer que tenha que passar rápido. Tudo tem seu tempo. E a gente o nosso: ainda que seja o tempo da ansiedade. Equilibrá-los é o desafio.

Queremos demais e muita coisa em momentos que não são para ser. Simplesmente, não são.

A vida é troca e vínculo é algo naturalmente estabelecido, não requer "hora marcada", vem e é parte de um tempo próprio: É. Simplesmente, é. As coisas são. Pode ser que não devessem ser, mas, a fizemos serem assim, então, assumamos as consequências e mudemos. Se já não é mais como era, das duas uma: ou não era ou é um sinal de alerta, do tipo "vamos corrigir?".

Temos muito a aprender. Mas, indo. Indo num ritmo legal, sem pressa. O problema é que nosso tempo de ansiedade e carência ficam se misturando com o que tem que ser e nos confunde. E a gente nem vê. E a gente se dói, porque quer acreditar que faz o melhor e o outro não reconhece. Se esperamos reconhecimento do outro, ainda não é, ainda não somos o que acreditamos ser... Se somos, somos, já é. Só um ponto para reflexão, mesmo.

Eu estou indo em meu tempo. Cada um no seu. Não cobro de ninguém que se acelere, mas, aviso: NO MEU, NÃO TENTE INTERFERIR. AQUI, SÓ OS ESCOLHIDOS PELO VÍNCULO NATURAL. NO MAIS, DAÍ PARA TRÁS! 

Estar indo é ir. Ser, é. É tudo muito simples. A gente é que trata de confundir e depois não sabe mais voltar, daí, vai indo em uma direção qualquer, afirmando estar fazendo seu melhor, quando está fazendo qualquer coisa, só para não fazer o que tem para fazer... 

É isso... eu estou indo. Libertando aqueles que condeno, porque, estou aprendendo que ninguém é culpado de nada. Ratificando em mim a importância dos vínculos - os elos naturais - porque isso é natural, apenas vem. E quando a gente está indo, a gente se encontra no caminho de quem está indo no seu. Quem quer atravessar a linha e criar um movimento antinatural, restaure-se, em primeiro lugar, e siga, indo em seu caminho. O tempo vai passar, mas, e daí? O Tempo certo é que importa. Se a gente não soube usar devidamente o tempo que tivemos, que a experiência nos guie e nos leve para um tempo onde se possa resolver com calma e sem medo de morrer antes de resolver. O tempo passa, passou, mas, sigamos em frente. Tempos novos surgem. Se o laço é real, ainda que tenha afrouxado, ele existe e o vínculo natural restaura. Agora, tudo ao seu tempo. Se já perdeu um tempo que passou, deixa o tempo que chega trazer a inovação. Repetir o erro é que é burrice, não o errar. 

Seguir e ir indo requer leveza. Falar em leveza e carregar densidade não transforma nada... apenas carrega no peso e dói.

Se quer, permita que seja. Se não for, não soframos, nem forcemos, sigamos. Se tiver que ser, será. O medo de não ter mais tempo é fruto da nossa imaginação. O sofrimento é, muitas vezes, decorrente dessa nossa mania de dificultar e aceitar o "como é", "como está", e ainda, o "por quê está?". Daí, brigamos com o tempo e com as pessoas que ou nos ou se afastaram. O tempo se incumbe de muita coisa. Ele leva, ele trás. O que é fica, mesmo que a distância física leve para longe e o tempo cotidiano não dê tempo de ver com a mesma frequência. Mesmo assim, o que é, fica. Só vai o que não era para ser. Então, se o Tempo é sábio, para quê sofrer? Aprendamos. Isso é aprender a viver. Vivamos, só assim é possível ser.

Sejamos. Estou indo... seguindo o meu caminho, não o de ninguém. Vá, vá indo, seguindo o seu caminho, não o de ninguém. A gente pode ou não se encontrar. É a vida. A vida de cada um. A minha. A sua, A de todos nós. A deles. 

Pat Lins.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

VENDO APENAS O SUPERFICIAL

Enquanto só enxergarmos o superficial, só enxergaremos o supreficial.

Se queremos mudar de fato, devemos enxegar o superficial, porque é o que está mais aparente e ir adentrando. É preciso ir se vendo. 
E isso dói. 
E isso cura. 
E esse é o caminho!

Pat Lins.

SER DIFERENTE NÃO É DOENÇA

Hoje em dia, vejo que ser diferente pode ser um problema, ou, uma solução... depende de como agimos.

Pedro tem me ensinado muito a ser uma pessoa melhor. O desafio diário de lidar com ele pode cansar, muitas e muitas vezes, mas, vê-lo crescer e mudar me lembra que é para isso que estamos aqui, para nos tornarmos pessoas melhores, não igual a todo mundo, nem um diferente do tipo "perigoso", mas, diferente do tipo "autêntico", "feliz". Lógico que tenho que lidar com um comportamento desafiador full time. Não tem refresco. Mas, entendi uma coisa: não adianta falar qualquer coisa, tem que fazer sentido. 

Pedro me ensinou a vê-lo como é e entender que diferença não é doença. Engraçado que, como já falei outras vezes, me voltava muito para buscar um enquadramento patológico para ele, para, "achando" eu, saber lidar com ele. Para mim, essa agitação dele era doença e precisava de remédio. Existem problemas patológicos, sim, não estou aqui dizendo que essas doenças não existem e sei que identificá-las o quanto antes, melhor a eficácia do tratamento. O meu "não saber lidar com Peu" é que procurava um remédio para "normatizá-lo". 

O coloquei numa escola com metodologia diferenciada, o que entendi é que nada adianta uma boa proposta se na estrutura real pode se perder quando algumas partes da equipe não tiverem o perfil vocacional. Pode-se ter a melhor qualificação, se faltar alma, nem adianta, cai na mesmice das escolas "tradicionais". É como sempre cito a frase da Morgana Gazel: "fazer diferente exige muito mais que contradizer". O diferente requer vontade, dedicação e disposição - e isso só parte quando o profissional lembra que é pessoa, antes de tudo e mais nada, e essa pessoa sabe que tem essas características dentro dela. Todos nós temos, só que muitos nem sabemos... - além de uma visão holística - visão do todo. Ah, o mais importante: não dá para ficar no discurso e no "obrigada, pela parceria". Onde está a parceria? Não tem o que me agradecer por ser presente, aberta e participativa, eu sou assim e minha relação com meu filho é assim. Eu sei que escola alguma faz milagre e nenhuma tem a obrigação de saber lidar com o "diferente", mas, desde que não use em suas visões e missões, em sua cultura organizacional - sim, uma escola é uma organização e sim, é necessário capital para investir, sustentar e manter o diferente, porque é mais caro, não se produz em série... mas, a vocação não depende dessa verba, ela é nata - a afirmação do tipo: "aqui, temos uma proposta voltada para as características individuais" e agir pelas características grupais. Não estou aqui me isentando da minha responsabilidade de mãe, muito menos, delegando para a escola a educação do meu filho, mas, esperava na educação acadêmica mais parceira como tivemos no ano anterior, com Aninha a frente e sua competência magistral. Este ano, a equipe me parece estar desfalcada no quesito vocação e se a direção não estiver no comando, o barco fica a deriva... No último semestre, Pedro se mostrou estagnado no aprendizado, por conta do seu comportamento em sala, de não participar no mesmo ritmo que o grupo - e quando falo em problemas comportamentais dele, falo de atitudes agressivas e de só querer fazer  que quer. Cheguei a acreditar que ele fosse TDAH ou algo similar. Mas, a psi dele já entendeu o modus operandi dele, assim como eu já o havia visto, a diferença é que ela usa termos técnicos e tem um entendimento científico da situação. Ainda assim, ele se aproxima de hipóteses bem prováveis de distúrbio de ansiedade. Não se trata de um diagnóstico fechado, mas, de uma característica muito visível nele. Assim, adaptamos - eu, o pai e parte da família, bem como com o apoio da psi dele e da pró - um modus vivendi onde entramos no mundo dele e buscamos compreender como acessá-lo, desenvolvendo estratégias que não entrem em choque, mas, apazigúem, sem deixar de ser firme, para ele entender quem está no "comando", afinal, por mais que ele seja um indivíduo, ele é uma criança. Para nossa grata descoberta, o caminho é árduo, por ser cansativo, simples, é... porém, nada fácil: amor, firmeza, coerência e franqueza. Trata-se de uma educação a longo prazo. Só que, quem disse que para quem busca resultado imediato e um indicador de "ele já melhorou muito" serve? Há quem queira mágica e resultado imediato. Foi aí que vi que a proposta inicial da escola de "não produzir indivíduos em série" cai no sistema "normótico"... Ainda acredito na escola, mas, em parte da equipe, não. Dá para ver a diferença e onde está o "problema".

Para Pedro, deve fazer sentido. Para ele parar, deve-se haver um entendimento. Para ele entender é fácil, firmeza, franqueza e coerência. Fora que ele tem o "time" - tempo - dele. Isso deve ou não ser respeitado numa escola que afirma lidar com as características diferentes e individuais? "Ah, mas, ele não produz junto com o grupo...". E, aí, queimar etapas? Eu penso que deveriam trabalhar, antes, essa questão individual e trazê-lo para a compreensão do social. Estamos pagando uma estagiária para fazer intervenções psicológicas nele, na sala. Ela é bastante comprometida, só que, quem está acima dela parece não dar o apoio necessário. Eu não sei... eu sinto que há algo muito falho aí. Não quero milagre e bem sei como cansa lidar com os questionamentos e a maneira de agir de Peu, ele tem uma inteligência acima da média e uma curiosidade elevadíssima, fora que uma agitação desgastantes para quem o acompanha. Isso nunca me fez cruzar os braços e dizer: "ele é assim, deixa aí". Pelo contrário, precisei ver que ele é assim para, justamente, lidar com ele. Tudo bem, é óbvio que com ele somos eu e ele, um para um. Na escola, a professora tem mais 24. Ainda assim, vejo que ela dá conta, só precisa de apoio. Com a estagiária, esse apoio in loco se faz presente, para "conter" o comportamento dele. Não é só isso... a parceria quebra quando sobe a hierarquia... E todo empenho desce ralo abaixo.

Morgana Gazel traz outra frase - em seu livro "Enseada do Segredo", pela Paco Editorial - que me faz entender onde a parte da equipe da escola ainda não consegue acessar o "Fabuloso Mundo de Peu", e a frase diz: Ignorar não é não saber; há um saber além do conhecimento obtido através da razão”. 

Pois é, o meu desafio agora é saber o que fazer com relação à escola... insistir, persistir ou desistir? Confio na professora, confio na diretora, confio na professora do grupo mais avançado, mas, não confio na dupla: coordenadora pedagógica e psicóloga da escola... O método construtivista, posta em prática, para mim, requer mais do que qualificação acadêmica e técnica, requer preparo de vida... Há um problema aí e a solução, para mim, não era desistir, e sim, persistir. Ano passado a gente firmou - era outra equipe - e deu certo. Com todo trabalho - que já era esperado - e funcionou em algumas coisas. Este ano, desde que começou, só vi piorar e Pedro melhora aqui fora... pensei: "se ele já melhorou seu comportamento aqui fora, na escola é questão de tempo". Não sei que tempo vem a ser esse, sei que o cronológico passou e muita gente ali comeu mosca por não saber como agir com o diferente que é o propósito da escola... o público dessa escola é esse público diferente, sem ser portador de deficiência - no sentido patológico. Eles alegam que não trabalham a inclusão por não trabalharem a exclusão. Há um limite para criança portadoras de deficiência... até aí, tudo bem, é a filosofia da escola e é algo que deve ser respeitado, afinal, requer uma estrutura mais bem preparada e que vai requerer mais investimento... E quanto ao diferente?

Não penso que exista uma escola que vá trabalhar o milagre, vou em busca de uma onde os profissionais saibam o seu papel e saibam que o seu papel está além do papel de um diploma, seja lá de qual titulação for. O papel real cansa, desgasta e a pessoa precisa refletir: para o bom funcionamento do meu profissional, tenho que ser uma pessoa preparada! Hoje em dia é muito fácil entrar num Mestrado e sair apenas com o título. E a vivência? E a experiência? E o pessoal?

Pois é, Peu, mexeu fundo em gente grande e com títulos maiores ainda... Gosto muito da escola, da professora, até do porteiro. Todos são comprometidos e competentes. Essa dupla nada dinâmica de coordenação pedagógica e psicóloga me deram a resposta que procurava: onde está o problema? É uma hipótese muito mais próxima do bem provável...

A escolha da escola ideal é saber ver o limite de ação dela, sem deixar de reconhecer todo o mérito que ela tem, sim. Entender que existem coisas que se baseiam em valores que não combinam com o da instituição é que confunde e fica a pergunta: o que faz lá? Se estão ali, estão ali. O que vejo é uma relação desgastada e ego ferido... como não sou perita no assunto, muito menos psicóloga, só suponho... Como pessoa, antes de tudo e como mãe, nesse meio tempo, preciso dosar razão e emoção para tomar minha mais sensata decisão. Nem pisquei quando pensei em matriculá-lo lá, mas, penso em tirá-lo... isso é bom. Consciência e abertura de visão fazem parte, afinal, não se trata de querer que me agrade ou supere minhas expectativas. Eu sei bem quem e como age o meu pequeno, portanto, não sou o tipo de mãe que acha que o filho é um santo... mas, sei que o meu também não é o demônio. E nem penso que só existam esses dois lados. Eu vejo o meu filho como um ser humano. E lido com essa realidade. Por isso, não esperava milagre da escola, nem obrigação em se comprometer... Deixei clara a minha postura e se eles estavam dispostos a dar continuidade, no que me garantiram que "sim!". Entretanto, se há uma política organizacional, onde está a prática dela? Onde está a coerência com as belas palavras? Na prática, a teoria é outra? Creio que essas novas profissionais - porque elas fazem parte do quadro há pouco tempo... creio que menos de 4 anos - não se deixaram atravessar pela missão, visão e valores da instituição... 

Em toda parceria existe a parte mais interessada - neste caso, eu - e esta parte precisa estar aberta e ligada, administrando tudo. Decidir faz parte. Mas, ser injusta, nunca!

Saudações maternais,

Pat Lins.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

INSISTIR x PERSISTIR x DESISTIR


Olha, a convivência diária nos faz entender, na prática a diferença entre muitas confusões que fazemos...

Por exemplo: a diferença entre INSISTIR e PERSISTIR.

Para mim, é assim: quando você está diante de uma situação e sente a resistência e, por mais que mantenha esse rumo, sempre vem algo que nos faz ver que não é o caminho e continuamos, trata-se de INSISTÊNCIA. Pelo que venho constatando, o insistente só tem foco em suas próprias crenças e convicções, nem se permite escutar e ver ao seu redor... Quer é ir, afirmando ter que chegar a todo custo. As dificuldades e o campo de impedância não diminuem, como um sinal de alerta, como uma parede, mesmo. Por mais que "insista", o caminho não se abre. Trata-se do intransponível, porque, simplesmente, não é o caminho.

Já, quando estamos diante de uma situação e sentimos que mesmo com uma força de resistência, existe a consciência do que e de como deve-se passar para chegar, e a gente entende que precisa ajustar esse movimento, trata-se, ao meu ver, de PERSISTÊNCIA. É como se a força contrária fosse um sinal de alerta de que é o caminho, mas, não há como entrar senão de determinada maneira. Ou seja, ao recuar, percebe-se que algo muda em nós e a gente passa a saber como agir e, ao voltar, a resistência diminuiu. Se diminui é para manter o rumo. É como se diante da "persistência", sendo o caminho, ele vai abrindo e você sente esse movimento de abertura, como se a dificuldade fosse diminuindo. O impossível não existe, porque é o caminho.

Assim, se estivermos diante de um desafio e percebemos que não há portas, apenas paredes, não INSISTA em esbarrar nessa parede. Entretanto, se percebe que ao olhar ao redor enxerga uma porta, vá até ela e tente abrir. Talvez, por uma questão de tempo ela esteja emperrada, daí, se percebe que é só uma questão de tempo e jeito, PERSISTA e vá em frente! 

Um segue o caminho sagrado da FÉ, persiste porque SABE estar no caminho certo. Outro, segue o caminho de TEIMOSIA, vai porque quer ir por ali e insiste, mesmo sem NEM SABER onde está ou para onde vai.

De qualquer maneira, para saber a diferença tem que estar com a mente quieta e o coração tranquilo - e não é uma coisa de pensamento vazio... tem que ter atitude, tem que sentir da alma e deixar percorrer cada poro e tem que ter equilíbrio entre RAZÃO e EMOÇÃO, senão, vai sempre insistir no caminho errado, agindo da maneira inadequada e cada vez mais distante de onde deve chegar. É muito mais um trabalho de elevação pessoal, de consciência real do que joguinho de fantasia. Insistir é no erro. Persistir é entender que a melhor relação com o Tempo é dar tempo ao tempo, porque o que precisava ser feito, já o foi. A insistência é dura, densa, pesada. A persistência é maleável, fluída, ainda que encontre a resistência do tempo certo das coisas. Pois é, um insistente age por impulso e não respeita nem o tempo, nem o espaço. O persistente sabe que sempre é hora de manter a calma e seguir a intuição. O problema é que muitos são instintivos, agitados e reativos e juram a si e aos outros que são intuitivos, calmos e ativos... Ou seja, precisamos nos conhecer e nos identificar com precisão, senão, vai achar que "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", em vez de contornar a pedra.

A vida nos ensina isso: uma semente é persistente; uma pedra é insistente.

Depois disso tudo - e nesse meio, também... - precisamos saber QUANDO DESISTIR. Nem sempre desistir é deixar de ir. Em alguns casos, desistir é poder ir, por outro caminho, para persistir. Diante do desgaste da insistência, até o dia em que entendemos que não era por ali, desiste-se de seguir e manter o que não é e abre-se para o que é para assim, saber onde persistir.

Tanta coisa para aprendermos todos dia... por isso que anoto tudo aqui, para ir cumprindo algumas estapas, me lendo e aprendendo. Se o começo é aqui e agora, começo a plantar algo novo de hoje em diante, até saber se é para INSISTIR, DESISTIR ou PERSISTIR. Sempre se mantendo no aprendizado, porque enquanto aprendemos, o erro por ter tentado não é burrice, mas, o erro de ter se mantido no erro o é.

Pat Lins.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

SORTE DE QUEM NÃO SE TORNA VÍTIMA DO MATERIAL


Gente, escutei uma frase - no DVD do "Buena Vista Social Club" - que vale muito a pena ser partilhada e refletida:

Como disse Ibrahim Ferrer, um dos músicos do Buena Vista: 

"Se tivéssemos seguido o caminho material, teríamos desaparecido. Nós, cubanos, temos muita sorte. Nesse aspecto, somos pequenos, mas somos muito fortes. Soubemos resistir ao bem e ao mal."

Isso é lição de vida! Eles não deixaram de viver. Dificuldade é para a gente que tem apego material...

Pat Lins.

domingo, 12 de agosto de 2012

PAI NOSSO DE CADA DIA


Todo ano, - apesar de não ter apenas essa data como "Dia dos Pais" e sim todos os dia de cada ano - eu amo escrever aqui sobre essa figura que é tão importante em minha vida, assim como a minha mãe: MEU PAI.

Meu pai me ensinou tanta coisa. Tanta coisa que nem dá para colocar aqui. Mas, o que melhor me ensinou é que apesar dele me ensinar muito, eu também tinha meu espaço para aprender mais e mais com os demais.

É difícil para mim, falar desse homem que é uma figura marcante, em todos os sentidos. Meu pai é um homem especial. Ele tem uma nobreza de caráter que impressiona. E, sabe, o dia em que mais vi meu pai como meu herói? Quando vi que ele era humano e entendi e aceitei que ele também erra. Ainda bem. Ele é real. Realmente lindo, forte e gente, como a gente. No dia em que minha avó paterna faleceu, aquele homem se tornou menino e chorou. Nunca havia visto meu pai chorar. Naquele dia, vi que ele não era de ferro e sim de ouro! Ele sempre foi presente em nossas vidas. Nunca o vi reclamar por não termos seguido o caminho que ele sonhou para nós. Lembro que ele queria que eu tivesse feito Engenharia, ou Direito, ou Medicina... como ele dizia: "profissão que garantisse meu futuro". Eu quis fazer Comunicação e ele pagou cada mensalidade da Universidade Católica do Salvador, trabalhando dobrado, para realizar o meu sonho. Ele preferiu sonhar comigo. Nunca reclamou, um dia, sequer. Nunca se envergonhou da filha que era tão promissora ter ido estudar um curso que ele nem sabia o que ia fazer ao certo... 

Meu pai nunca nos negou nada, a não ser o supérfluo. Isso ele não aceitava e não via sentido. E ele sempre teve razão. Não fazia compra a prazo. Também, não era canguinha. Não tinha o melhor jeito para nos fazer entender seus motivos, que eram óbvios, mas, nós, filhos, existimos por essa razão também: testar os pais... Mas, ele nos fazia entender. A gente não gostava muito... a gente queria o supérfluo, queria "ter". Os valores dele sempre foram "ser" e ele sempre foi. Ah, nós aprendemos com ele. Podíamos não gostar, mas sabíamos - sempre soubemos - que as ações dele eram certas, tinham uma base boa, sólida. Formou, sem ter entrado numa faculdade - seu maior sonho que foi vivido através dos filhos - três seres humanos que, hoje, podem ainda não serem ricos materialmente, mas, de caráter e amor, não tenha dúvida! Ele formou um elo eterno e natural. Ele nos formou! Hoje, os netos o formam... formaram um avô babão e bobão. Ah, vá ser "besta" assim com os netos como ele. Os pequenos herdaram nosso amor por ele - ou ele conquistou esse amor?

Assim, a todos os pais, meus parabéns! Ao meu marido, pelo pai amoroso e maravilhoso que é. Meu pai, meu marido... esses homens pais que nos mostram que ser homem é ter dignidade e decência; é ter vida moral; é ter boa conduta; é viver bons valores! 

Na novela das sete - Cheias de Charme -, vi a cena de um filho que conhece o pai aos 18 anos e o pai, que nunca queria ter tido  um filho diz: "Eu queria ter te conhecido antes... eu teria aprendido muito com você!".

É isso que a gente vê, na prática que a paternidade é uma troca, somente possível se houver os dois lados: PAIS E FILHOS.

Que meu marido continue assim, esse paizão de Peu, que tem um filho que o ama e defende com unhas e dentes - ao pé da letra... Que meu pai continue assim, esse homem exemplar. Assim como o Pai do céu, esses pais da terra são os pais nossos de cada dia!

Que os pais se permitam mais e mais, serem pais! 

Pai, obrigada por nos dar força! Obrigada por segurar o mundo nas costas para sentirmos menos o impacto direto. Obrigada por não nos passar dor a amargura como caminho, mas, como parte de um caminho que tem muito mais! Obrigada por nos ensinar que a construção é diária e que o caminho mais curto nem sempre é o mais seguro... Obrigada por nos ensinar a sempre começar. Pai, obrigada por ser meu pai!

PAI, SEU LINDO! AMO VOCÊ!!!
Olha, como filha, acho lindo e tão gostoso dizer: PAI, AMO VOCÊ!

Pat Lins.

sábado, 11 de agosto de 2012

CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS

"TODO VÍNCULO NATURAL É UM ELO VIVO E INFINITO!" Pat Lins
Muita gente, hoje em dia e desde que me entendo por gente, "força a barra" para estreitar os laços com alguém, como se isso fosse "construção de vínculo".

Para mim, a construção dos vínculos é algo natural e espontâneo, com base em afinidades naturais e espontâneas. Não vejo o menor sentido em se unir - ou, manter-se unido - a alguém com quem não temos a menor afinidade e vivemos em clima de tensão, "pisando em ovos" e etc. Não falo isso de uma maneira fria, mas, para mim, isso é uma questão de ser "óbvio". E não limito aqui a afinidades do tipo: "eu gosto de verde e ele(a) de azul... então, a gente não combina..." ou "eu gosto de verde e ele(a) também, então, combinamos em tudo!". Não se trata de gostos pontuais e circunstanciais. Todas as cores combinam, de alguma maneira. Unidas, formam um ambiente colorido e vivo. Só que têm cores que chocam com outras... Enfim, não é essa a questão, me refiro a afinidade num sentido mais amplo, onde envolva uma compreensão natural do outro, que gera uma boa base para paciência e tolerância, pois, por mais "afinidade - como gostos iguais" que se tenha com alguém, as diferenças existem - e muitas. A afinidade que me refiro é algo tipo um "elo natural". Aquele laço que você pode ficar sem ver a pessoa por bastante tempo, sente saudade, mas, não há cobrança, nem aquele tom: "Quando é que vamos nos ver? Faz tempo que não nos vemos, nem nos falamos...". Tem gente que não tenho esse vínculo construído, e que me fazem esse tipo de cobrança... Pessoas com quem não tenho afinidade alguma, apenas gosto um pouco e, de certa maneira, fazem parte do meu grupo social - ah, grupo social envolve ambientes sociais, que estão ligados a  família, amigos, escola, bairro, religião, trabalho... etc. Por mais que escolhamos viver e expandir horizontes, já fazemos parte desses grupos. - onde não temos esse elo de ligação forte - ao menos, eu não tenho - e, natural e espontaneamente, não há um motivo que nos conduza a um estreitamento de laços, por não haver laços... Nesse sentido, falo de construção de vínculos mais profundos, que unem almas. Isso não é deixar de gostar e/ou conviver eventualmente com essas pessoas, mas, um laço - vamos reforçar com "forte" - não existe.

Tenho muitas pessoas especiais na vida. Muitas com as quais tenho vínculos estreitos, profundos e fortíssimos, entretanto, temos dificuldade em nos encontrarmos, por uma simples questão: rotina. Mas, os vínculos não afrouxam com essa distância, eu tenho a sensação de que ficam ainda mais fortes. Um vínculo precisa de algum tipo de manutenção, o que requer esforço: não dá para nos vermos com frequência, mas, com frequência nos falamos, seja por telefone, e-mail ou sinal de fumaça. Ou, simplesmente, pela força do pensamento, pelo carinho sincero que emana do coração. CORAÇÃO - eis o a origem, o meio e o sentido de cada vínculo: empatias, simpatias, afinidades... Ele faz parte. É muito mais uma questão de sentir do que de criar. Um vínculo forçado não é um vínculo profundo é uma relação de convivência.

Os vínculos são respeitosos de natureza. Não sei explicar bem sobre isso... é algo do tipo sem explicação e que existe, mesmo que não saibamos como lidar. Um vínculo é sincero, é, como já falei, natural e espontâneo, apenas É. Não se força; não se cobra; não se inventa. Ou é ou não é.

Os vínculos, mesmo sendo, requerem manutenção. Não basta ter, tem que regar, porque eles podem se desfazer. Um carinho pode ficar, porque todo vínculo verdadeiro tem base em uma união de sentimento forte e nobre, assim, o sentimento fica, ainda que a relação seja abalada - somos humanos, não somos?! E nem sempre sabemos agir da melhor maneira e isso pode ser confundido com um abalo no vínculo... mas, não quer dizer que quebre. Um afastamento temporário pode se fazer necessário, dando-se um tempo para que as coisas sejam revistas e avaliadas, ponderadas, etc.

Um elo forte, ainda que abalado por diversas situações e/ou circunstâncias pontuais - vamos nos lembrar que as diferenças também são reais e o saber lidar com elas é que mantém esse vínculo mais firme ou mais frouxo, por isso que separo os sentimentos dos vínculos, nesses casos, porque o vínculo pode ser abalado por algo, mas, mesmo com algum tipo de sentimento de afastamento, o sentimento que une fica martelando e dizendo: "ainda gosto de fulano, só não quero mais o vínculo..." - pode enfraquecer. Só o bom senso e a nobreza e firmeza de caráter é que podem dar o "veredicto", que, em se tratando da dinâmica da vida, não necessariamente pode ser final, tudo é fluído, tudo é possível de se transformar e se manter...

Para uma melhor construção dos nossos vínculos, construamos vínculos mais fortes conosco mesmo. No dia em que entendermos que tudo parte do nosso mundo interior para o mundos dos mundos no exterior, aí sim, assumiremos as responsabilidades por nós mesmos e nossas ações e teremos mais capacidade de entrar no mundo da sabedoria - mundo esse que nos afastamos tanto... Muitos de nós confunde inteligência com acúmulo de informação ou com desenvolvimento de intelecto. A inteligência, para mim, é saber o que sabe e saber o fazer com o que sabe, na prática. E sabedoria é saber que nada precisa ser levado a ferro e fogo e que perdão não precisa existir se houver clareza e não houver julgamentos, condenações, orgulho, vaidade e melindres. Estes sim, são os algozes gerados por nós mesmos e que abalam qualquer tipo de vínculo, de união, de relação. De nada adianta reunir aquilo onde não há abertura das partes envolvidas. Quando razão e emoção se enfrentam, não há meio... há extremos opostos. Quando se tenta equilibrar razão e emoção, aí sim, há meio, há uma intersecção que una os opostos, há um ponto de encontro. É desse ponto que todos fugimos. Nesse ponto, muito de nós é necessário estar presente... e poucos de nós se permite ser quem se é e não teme o julgamento alheio.

Eu gosto de estar aberta e receptiva, mas, não confundam isso com permissividade... é necessário um elo natural e espontâneo. O que não vem com esses requisitos, apenas gravitam na mesma galáxia, mas, não faz parte do meu mundo de vínculos, faz parte do meu ambiente social e, assim, das minhas relações sociais.

Enfim, estreitemos mais os nossos vínculos com amor e sem medo de ser feliz! Desde que haja um movimento natural e espontâneo, sem "forçar a barra". Não adianta manipular encontros, assim, se não sabemos como manter os vínculos e manipulamos os encontros, alimentamos o distanciamento íntimo. Pode até se ver e estar junto com frequência, mas, sem o elo de ligação, apenas, estar, não É.

Pat Lins.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ANDAR COM FÉ, EU VOU! A FÉ, NÃO COSTUMA FALHAR!



PESSOAIS PROFISSIONAIS

Foto:TUDO MUDOU

Eu não consigo entender porque é tão temido um ser humano nas organizações... 

De repente, todo mundo quer ser máquina. Esquecem-se que máquina não pensa, ela reage ao que lhe fora programado... 

Tenho uma imensa dificuldade de entender porquê o ser humano é tão temido. 

Qual a razão de evitar o equilíbrio emocional e racional?

Razão e emoção são parceiras que unidas são sucesso garantido!

Para ser uma pessoa realizada, trabalha-se feito um louco num emprego; acumula capital; depois, passa o resto do que sobra da vida - na contagem regressiva para "o" último dia, do último suspiro - repetindo aos outros: "aproveita que ainda é jovem e tem todo o tempo pela frente e vê se concilia vida profissional como parte da vida pessoal e não o contrário..."

É a velha história: 

"... Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.
"    (Dalai Lama)
A realização pessoal deveria ser pautada no conjunto, não apenas na área profissinal. Eu penso que tudo seja uma questão de "sentido de vida". Qual o sentido da vida para você? Onde quer chegar? O quanto investe de você em você mesmo para chegar onde se quer? Onde quer chegar exige que se abra mão de seu tempo de vida? Deveríamos nos fazer mais esses questionamentos.

Eu, hein? Povo estranho esse que somos... Fingir ser para não ser, sabendo-se que se é...

Pat Lins.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PACIÊNCIA - PARA SABER QUE TEMOS, PROVAS DE FOGO...


Bom, talvez isso me faça ver "algum" sentido em relação a certas pessoas em minha vida. Não são "inimigos", mas, pessoas pouco amigas. Na verdade, são pouco amigas de si. Em meu caso, no lugar de "inimgos" colocaria "loucos com poder de ação".

"Por um lado, ter um inimigo é muito ruim. Perturba nossa paz mental e destrói algumas de nossas coisas boas. Mas, se vemos de outro ângulo, somente um inimigo nos dá a oportunidade de exercer a paciência. Ninguém mais do que ele nos concede a oportunidade para a tolerância. Já que não conhecemos a maioria dos cinco bilhões de seres humanos nesta terra, a maioria das pessoas também não nos dá oportunidade de mostrar tolerância ou paciência. Somente essas pessoas que nós conhecemos e que nos criam problemas é que realmente nos dão uma boa chance de praticar a tolerância e a paciência."
                          Dalai Lama
 Difícil de aceitar... mas, deixa de fazer sentido?

Também não vou sair por aí me sentindo forte e testar minha paciência dessa maneira... Por favor, reflitamos e não levemos ao pé da letra... assim, corre-se o risco de dar murro em ponta de faca e não é essa a idéia...

Pat Lins.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

AS VIDAS "CHEIAS DE CHARME"


Assistindo à novela das 19h - Cheias de Charme - a gente vê é coisa que acontece na vida real.

Olha Chayenne: famosa, conquistou seu espaço profissional e está destruindo tudo porque a pessoa é desequilibrada. O pior é que ela, em vez de enxergar que ela se detona, mantém o foco em destruir a carreira das "Empreguetes". Ela atrela seu fracasso ao sucesso do outro. Ou seja, nem vê que o fracasso é fruto do seu temperamento e da falta de respeito que dissemina pelos outros. Fazer o que quer é exercer o livre arbítrio, sim, mas termina onde começa o espaço do outro.

Sandro: todo folgado e interesseiro... sempre quer o caminho mais fácil e errado é quem não compactua com os erros dele. Só quer tirar vantagem. Sempre se dá mal e, como Chayenne, não reconhece que colhe o que planta, melhor, nem colhe porque nada planta.

Os Sarmento: família arrogante e com valores altamente superficiais. O dinheiro era o único elo de ligação e era o "amor" da família. Motivado pela ambição desmedida, o advogado passa a aplicar golpes, valendo-se da impunidade famosa do nosso país. Descobertas e comprovadas as fraudes, culpa o estagiário que o delatou, como sendo o "responsável" pela sua falência. Novamente, o fracasso como consequência do caminho errado...

O que mais achei legal é que tem muita gente de bom caráter. E, como diz a frase de Einstein "o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.". Não basta ter bom caráter, não devemos deixar o erro permanecer. Assim, Penha alimentou o "erro" de Sandro, nunca o punia devidamente e sempre acabava passando a mão pela cabeça dele, por conta do sentimento nobre que nutre pelo cafajeste. Ela estava "errada"? Creio que não. Fazia o que o coração mandava. Até que um dia percebeu a diferença entre ser "boa" e ser feita de idiota. Cansada e encarando a realidade, tomou uma inciativa e uma postura firme. Mesmo com toda dor, ela entendeu que não dependia dela mudar o ex-marido. Dependia dela mudar a realidade dela. Situação delicada, por envolver uma criança. Mas, Penha é o exemplo de que ceder a chantagem emocional não resolve. Se nem pelo filho o pai foi capaz de mudar, ele precisava de uma atitude mais dura da vida para entender que tudo tem limite. É a questão de escolher o caminho da dor. Mais cedo ou mais tarde... aliás, na hora certa, todos nós devermos prestar contas sobre nossas ações e suas consequências. E Penha ainda encarna mais um fardo: a missão de nos fazer ver que quando deixamos a bola de neve aumentar, um dia ela derruba. e ela acaba vivendo um dilema que se arrasta há muitos anos e nunca fora resolvido. Bate com uma coisa que penso: aquilo que a gente não resolve, um dia, tem que ser resolvido. E esse conflito acaba abalando toda a sua vida profissional, de onde ela tem que tirar o sustento da família...

Rosário ensinou o quanto vale a pena colocar um sonho como meta. A fé. Entretanto, vislumbra-se com a fama e, mesmo ainda sendo uma pessoa bacana e de nom caráter, nunca entende o lado sentimental das amigas. Claro que compromisso deve ser respeitado e cumprido, mas, num ambiente de amigas, onde o sucesso é fruto do trabalho em equipe dessa amizade, ela demonstra o quanto o sonho é mais importante do que o equilíbrio. Não creio que ela esteja "errada" em querer usufruir do sucesso que alcançou, mas, sempre que tem um conflito, ela não tem se mostrado muito solidária. 

A novela gira em torno do levantar de um monte de questões que a gente não se dá conta no dia a dia e é abordado de uma maneira tão leve que nem nos damos conta do quanto essa simples novela nos faz tantos alertas importantes. Uma questão que engloba tudo é essa relação com o dinheiro, mesmo. Uns rebeldes que pensam que ter dinheiro é mercenarismos ou ser soldado do capitalismo... Outros, ambicionando tanto que não importa de onde venha, desde que chegue.

Seu Messias falou uma coisa bacana: "Não há nada errado em ter grana, se souber como usar...", durante uma conversa com Rodinei -que ao ver o chefe, uma pessoa boa e batalhadora, ter que cogitar fechar o negócio por já não ter mais pique e tocar o empreendimento e não tem dado conta das contas a pagar - ele fala: "Pela primeira vez na vida eu queria ter dinheiro. Muito dinheiro, para poder ajudar ao senhor...". 

A maneira como lidamos com nossas relações também são abordadas. Ligia, nunca falou sobre o pai para o filho, por medo... um medo de ser julgada... logo ela que é uma mulher segura e profissional e financeiramente independente - imagem que criamos de que não teria problemas... - também vive com seus conflitos. Por conta dessa omissão, alimentava a rebeldia do filho - que, de acordo com os nossos julgamentos, não teria porquê ter problemas, já que "tem tudo"... tudo exceto saber quem é o pai biológico... - que aprontava muito. Não penso que isso seja uma justificativa ou motivo legítimo para o menino agir como age... há uma dose de mau caratismo, aí, mas, há a possibilidade de regenerção. Como sempre agiu de um jeito torto, em vez de se abrir para a mãe, lá vai ele em busca do pai desconhecido sem avisar a ninguém. 

Outra que nos leva a refletir sobre relação, perdão e etc é Cida. O que a motivou? Nobreza de sentimento ou sentimento de vingança, como Nina perdida e destruída para destruir, na novela das 21horas - Avenida Brasil? Família, amigos, colegas, vizinhos... tudo isso faz parte do nosso dia a dia, sejamos sociáveis ou antissociais, somos seres sociais, também. Deveríamos fortalecer mais a base indivudal com bons valores para conseguirmos viver no social sem grandes abalos... Nossos pensamentos e atitudes devem ser mais bem conhecidas de nós mesmos.

O que nos leva a agir? O que nos motiva? O que nos alimenta? Vejo tanta polêmica sobre alimentação saudável que ninguém percebe que muita gente vive do mesmo jeito, ainda que mal alimentado, e não vejo ninguém se atentar para o alimento da mente. Como alimentamos nossos pensamentos? Do que adianta comer uma fruta e arrotar manipulação e falta de respeito? Cuida da "saúde" do próprio corpo e derrama tensão e desnidade nas pessoas ao redor... Aqui eu não vou aprofundar, para não perder o enfoque incial.

Bom, atualmente é a única novela que assisto. Nossa, os atores estão dando um show especial. Todos trabalham muito bem. A mensagem é muito bacana, apesar de bastante caricata. Creio que seja a maneira lúdica de nos tocar, sem ter que pesar. E é isso que precisamos começar a fazer em nossas vidas: mudar, sem ter que pesar. Somente o peso necessário que, em geral, é o peso da consequência de alguma ação. Fazer nosso caminho é o melhor caminho!

Fico por aqui, a refletir.

Pat Lins.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

RAZÃO E EMOÇÃO NA DOSE CERTA


Gente, desenvolver apenas a razão é desequilíbrio, também. O excesso de razão gera frieza e indiferença e onde fica o sentido? O que se pretende alcançar?

É fácil se perder acreditando-se encontrar-se racionalmente. No excesso de razão não há paciência, nem tolerância - virtudes tão importantes para o estabelecimento do respeito -... há pressa e tempo cronológico correndo. Não há sonho, apenas meta. E qual o sentido dessa meta? Para quê realizar? Qual o sabor dessa conquista? A razão em excesso tira o gosto, o sabor, o tempero. Dá-se o tempo e técnica do cozimento da vida, mas, sem gosto. E o paladar? Tudo que existe em nós tem um bom motivo. A razão excessiva nos faz apenas ver com os olhos, e nada mais enxergar.

É fácil afundar-se no excesso de emoção. Mergulha-se tanto no impulso, no ímpeto, deixando-se guiar pelo instinto de sobrevivência que esquece-se de viver. Não há foco, nem meta, nem rumo a seguir. Não há onde chegar. Há ilusão e tempo fantasioso e irreal. Um mundo de sonhos. O sonho é melhor quando pode ser vivido! Um sonho real tem um sabor especial. Infelizmente, só com emoção não dá para realizar.

Assim, amizades terminam, relações são abaladas. As diferenças se tornam muros gigantescos. Eu também vivo esse dilema e construo muros e muros. As pontes requerm de nós esse equilíbrio. Não se iluda, numa hora se tem, na outra, cadê? Onde pisar? Como pisar? Não é só o caminho, é muito mais o caminhar! Precisamos urgentemente aprender a construir... Destruimos demais em nome de nós mesmos. PS - não falo para sermos permissivos, limite é importante. O "limite" é que é a questão.

Se cada um fizer a sua parte, todos estaremos melhorando esse caminhar.

A dose exata de razão e emoção, o equilibrar-se no desequilíbrio é o caminho, para mim. Isso, para mim, é viver intensamente, no equilíbrio do desequilíbrio nosso de cada dia.

Pat Lins.

domingo, 5 de agosto de 2012

QUEBRAR PARADIGMAS

Para quebrar paradigmas o movimento deve ser sincero. Se há a intenção de ofender ou "mostrar algo para alguém" não é quebrar paradigma, é orgulho ferido, é querer dar lição... 

Ainda que se esteja "certo", a melhor maneira de comprovar isso é sabendo-se e sendo-se íntegro e deixar o orgulho de lado. "Esfregar na cara" não ajuda no processo de mudança de ninguém, bem como impor uma maneira de pensar. Eu ainda estou em fase de aprendizado disso... Porque é difícil "se sentir caluniado" e não se defender, deixar que a verdade apareça. Mas, quando conseguimos lidar com essas emoções pequenas, podemos comprovar que é assim mesmo: "a verdade sempre aparece!". Basta querer enxergar e deixar que ela mesma faça as honras da casa.

Quebrar paradigmas é romper com esses padrões engessantes, de verdade, lidando com a vaidade, com o orgulho... É se olhar e se ver e não ficar repetindo frases de efeito ou bonitinhas. Só se é sendo, mesmo. Quando parece ser, nunca foi, nem será, muito menos é!

Quebrar paradigmas é se abrir, é se libertar, é crescer! É evoluir!!! É sair dessa região pequena que nos limita a quase nada. É se superar. É ser melhor do que se é. Sem competição. 

Pat Lins.

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails