terça-feira, 30 de outubro de 2012

QUEM SOU EU?


Quando perguntar "QUEM SOU EU?", escute a voz que vem da alma, não da mente de outro (s) alguém...

Não há fórmulas certa. Não há, no mundo, uma pessoa perfeita e capaz de ser um mestre de sabedoria plena, sem cometer seus erros. A conversão em aprendizagem é que deve ser o foco. 

Não sei seguir pressuposições e imposições de separação de mundos... isso não me faz sentido.

Respeitar a opinião do outro é comunhão. Afirmar que faz isso e não fazer é pura segregação, ergue-se o paredão entre os mundos, no mesmo mundo.

Sou voluntária da vida e do viver. Acredito nas boas emoções, vivo e cedo às "más" emoções... me sento e dialogo com a razão. Não acredito em fechar-se para SER. Não me faz sentido Ser o Não-Ser afirmando-se ser, sem ser quem se é. 

O caminho do bem, para mim, começa em cada um, individual, e segue para o social, o coletivo. Se a saída do individual é bloqueada, vejo quedas e derrubadas. Vejo um coletivo desfalcado, capenga e mal alicerçado. Apenas o lado obscuro a imperar. Vejo o vazio em nome de algo que não se pronuncia: o entre e não saia, para não viver lá fora. Portas e janelas fechadas em nome de quê? Prisão em nome de tanta coisa que é impossível se ver o bem aplicado, porque não se vê o bem planejado e praticado. Para mim isso tem outro nome, que  não ouso pronunciar (manipulação). 

Quem teme a luz evita se iluminar... fala-se em buscar uma nova civilização sem nada de bom projetar. Insultos, arrogância. Prega-se o "pensar", mas, nem ouse, porque pensar liberta, apenas pense o que está escrito, nem questione... alguém escreveu, creia eu, creiamos nós, creiamos todos que ali estamos - já não estou mais... cabe a mim os meus pensamentos pensar, os meus erros errar, o meu caminho livremente trilhar. 

Acredito na liberdade da evolução e do tempo de cada um. Acredito nisso, que um dia todos nós entenderemos aquilo que hoje é mistério. Não acredito nessa base de construção que condena outras práticas similares... hipocrisia feia e pesada!

Vejo pai obrigando filha a ali estar... isso é liberdade? Onde liberdade não há? Isso é respeito a escolha, onde escolher não se pode? 

Que lugar é esse, que prega uma coisa e age de outra forma? QUEM SOU EU? pode se responder? Não, desde que seja uma ave solta no ar de papel, num desenho presa... Uma águia voa no céu, não num pedaço de papel. Principalmente uma águia solar! O sol é símbolo de liberdade e vida, ele brilha em todo lugar... não escolhe onde brilhar. Ele toca a todos que o procurarem... a TODOS! O astro-rei não exclui, nem segrega, nem obriga que fiquemos dentro de salas fechadas e fachadas expostas com nome escola, como quem tem algo de novo e bom a ensinar. 

Pessoas legais também ali estão. Cada um escolhe o seu lugar. Digo não a imposição de quem entra, não sai e quem está fora, tem que querer entrar...

O mundo é para todos, façam bem ou mal. Isso é conceito humano... na natureza, existe o equilíbrio. E esse equilíbrio, em nós, onde está? No "QUEM SOU EU?" em essência, na alma. E a alma é livre! Não se pode aprisionar. Ninguém é responsável pela minha, a não ser eu! Ninguém pode ser responsabilizado e/ou condenado pelas minhas escolhas, senão: eu. 

Pat Lins.

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Pat Lins.



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SOFRER OU (RE)VER - SE? EIS A QUESTÃO!


Sofrer é muito fácil! Por isso que todo mundo sofre! Melhor, por isso que todos nós sofremos!

Para escrever esse texto, comecei com a idéia de desabafar sobre as atitudes de duas pessoas que conheço e não mais convivo por opção, por DS - distância saudável - extremamente necessária. Depois, me veio um pensamento e sentimento diferente... de entender que, ainda que parta delas o ataque sem consciência das próprias afastadoras ações, o manter a DS não quer dizer "intuito de ofender". Lógico que elas sentem esse afastamento... eu, da minha parte, evito mesmo os encontros. Eu, da minha parte, reconheço minhas limitações e, assim, entendo que sou humanamente imperfeita, mas, convivo e mantenho um vínculo de amizades - inclusive com minha família - duradoras, honestas, abertas, francas e pautadas em realidade. Com histórico de desavenças, de brigas homéricas e tudo mais. Mas, existe uma coisa: honestidade de cada parte envolvida. O vínculo que nos une é mais forte do que as situações esporádicas e contextuais que acontecem. É importante ver que o outro está em seu limite também e respeitar o espaço dele. Foi o que aprendi com minha mãe e até hoje temos uma relação muito mais do que mãe e filha, temos uma relação de amigas íntimas. Isso não impede minha mãe de se chatear comigo, diante de algumas atitudes minhas e vice-versa. O que nos é impedido é romper o lacre - lacre é feio... o elo fica melhor... - que nos une por conta de algo pontual. Ou se conversa até o final ou se compreende antes e deixa passar. Deixa de existir mágoa, raiva ou algo similar? Não. O como lidar e o deixar passar, sem rancor e sem ressentimento é que conta.

Pois, continuando sobre minha idéia inicial, fica a questão: numa relação, ambos se magoam, porque são mundos e mentes distintas e interpretações diversas - ah, isso mata! Interpretar é emitir julgamento de valor... é altamente subjetivo... Não se interpreta o que o outro diz, se escuta e se sente, afinal, muitas vezes, pessoas não sabem o que e como dizer e acabam falando qualquer coisa e usando uma postura corporal, uma expressão facial... que diz o que quer dizer, como um olho arregalado. Isso me inquieta. Isso me intriga. Mas, não posso mudar o mundo dos outros. Não é meu papel. Muito menos o do meu filho que saiu de mim. Com relação a filho, a gente faz o que julga o melhor, sem deixar de ver que podemos estar errando. Eu mudo constantemente o jeito que lido com meu filho e nem eu, nem ele, somos perfeitos ou mudamos rapidamente. Isso é dinâmico demais para tentar explicar e requer tempo de maturação... é um complexo de coisas micro e macro ambientais que nos circundam, que nos compõem e etc. 

O que me deixa ainda mais inquieta é a falta de neutralidade e o estágio rápido que as loucuras insalubres - aquelas onde as pessoas atacam sem consciência dos atos, mas, também, não deixam de fazer... e não reconhecem as consequências do que fizeram porque nem fazem idéia do que fizeram e de que fizeram - fazem com que as mágoas aumentem e ceguem de vez algumas pessoas. Por mais que doa ter dois filhos, por exemplo, que não se dão bem, dói muito mais tomar partido de um e jogar no outro o peso. Assim: um dos filhos é extrema e comprovadamente - por todos aos ser redor e por histórico pessoal, profissional, familiar... - de difícil convivência: egoísta; invejoso; grosseiro e agressivo, diante de uma negativa às suas investidas e desejos não satisfeitos pelos outros; infantil; egocêntrico;... só aparece quando tem interesse em pedir algo; fora que é incapaz de agradecer ou sentir-se grato à vida por tudo que tem, teve ou recebeu... pelo contrário, reclama e se faz de vítima o tempo inteiro: estou sem dinheiro, estou sem trabalho... nem adianta sugerir bolsa família porque a pessoa em questão, pobre coitado, tem dois imóveis próprios e quitados, em locais de classe média alta, dois carros e um monte de reclamações pelo que não tem e não se esforça para conquistar... para piorar, ainda inferniza quem está em busca. O outro, trata-se de uma pessoa honesta; boa; imaturo, mas do bem; sempre esteve ao lado da mãe, do pai, da família... e do "irmão" problemático, apagando incêndio, sem nunca ser reconhecido por este... pelo contrário, o irmão problema só queria sugar. Parece novela, mas, não é. É vida real nua a crua. São duas pessoas de minha convivência - hoje, apenas um deles, porque o outro, como falei no início, tomei a decisão de manter a DS mesmo... - é preciso ter muita força, ter um preparo psicológico forte e bem desenvolvido para lidar com essa pessoa sem entrar no jogo frenético de loucura insalubre... essa pessoa conseguiu sugar as forças dos pais e, o que é pior, os pais ficam contra o "do bem". Compreendo que o problemático demanda mais atenção, mas, o que é feito para ajudá-lo? Deve doer para uma mãe não saber o que fazer, mas, sempre fazer a mesma coisa que é ceder aos caprichos e não dar um limite. Para quem está de fora, vê-se que é muito pior, porque alimenta essa loucura e permite que ela cresça e cada dia menos, menos gente aguenta essa pessoa.

Me incomoda a cobrança dessa pessoa e a posição de vítima que se coloca por essa distância estabelecida. Não entendo o motivo de querer tanto ao lado uma pessoa que ele só suga. É isso, perdeu a fonte de alimento. E se dói, como se o outro fosse cruel e insensível a ponto de abandonar. Me questiono: isso é normal? Como lidar com essa situação? Como seguir a própria vida com esse peso extra? Sim, porque todo mundo tem seus pesinhos para ir aprendendo a deixar e ir buscando a leveza à medida que consegue se libertar dos pesos... imagina com outro querendo jogar os pesos que lhe cabem nas costas alheia?!

Não sei e, mesmo que soubesse, não caberia a mim, dar algum conselho a essa mãe. A não ser: "sofrer ou (re)ver-se?". Veja como age? Veja como julga? Isso não é conselho, é levantar de questões para quebrar o que já fora criado pela dor. A cegueira a faz represar um sentimento de raiva pelo filho "do bem" - que ela mascarava e, hoje, sem forças e sem perceber que quem suga suas forças é o "filho com sérios problemas" ela descarrega em cima do outro filho, como se fosse mais fácil. O "filho do bem" acabou se afastando, naturalmente, da mãe e do irmão, por não saber como lidar com ambos e se ver constantemente atacado e sendo depositado nele o peso de que ele é quem tem que ter paciência. Ou seja: suporte as loucuras e as irresponsabilidades do seu irmão, senão a culpa é sua! Isso é justo? Se dói para essa mãe ver-se impotente diante do "filho problema", resolve ela criar essa imagem de monstro do filho que não é problema? Resolve ela ficar com essa raiva por ele ter se afastado dela? Em algum momento ela sentiu a dor do filho "do bem" e a sensação de ser rejeitado e usado que ele ele teve? O "filho do bem" também comete seus erros... nunca se abriu para a mãe. Ele desabafa comigo e eu, naturalmente, acabo tomando partido, até porque eu sei bem como age o irmão e já fui vítima de diversos "ataques" de suas sandices. Mas, para quê falar se dói? Magoa escutar a verdade. Dói menos tapar o sol com a peneira e jogar o peso e uma crescente raiva em quem não tem nada a ver, do que se voltar para ajudar o "filho problema". Essa é a minha maior inquietação: é possível ajudar essa pessoa recusando-se a ver quem essa pessoa é e descarregando no que não tem nada a ver e escolheu se afastar para não mais receber as rebordosas? É justo receber esse peso? Como fazer essa mãe ver suas ações, sem magoá-la? Afinal, ela também tem os seus limites... só não se permite reconhecê-los para se ajudar de verdade. E assim, a bola gira, o círculo se quebra, a reta se faz e cada um segue seus caminhos. Vida que segue. Vidas que seguem. E se cruzam. 

É muito mais fácil sofrer do que ver-se! É muito mais fácil cobrar do outro que, aparentemente, não tem problema, porque tem apoio de terapeuta, de esposa, de amigos novos... porque se trata de uma pessoa que planta coisas boas e colhe coisas boas, do que entender que o outro filho colhe o que plantou. Não falo com dureza, mas, é ver a consequência das ações dele... Este, briga com todo mundo, faz intriga, não assume o que fala e faz... inventa e joga o crédito nos outros - eu que diga... tanto que tirei meu time de campo e deixei ele mesmo se entregar... as máscaras caem até para quem não tem consciência de que as usa, mas usa. Esse é o grande problema de quem não "vê" o que faz: não deixa de fazer por não ver.

Me incomodou e muito ver essa mãe não estar à vontade com o filho mais velho - o que eu chamo de do bem. Não que o outro seja do mal, eu o chamo de "problemático", porque ele tem sérios problemas psicológicos, psíquicos e mentais, comportamentais, éticos, de caráter, de valores... de ações. Aos olhos dessa mãe, como ela já afirmou, espera que ele tenha paciência com o irmão. Certa vez ele explodiu - e, aí, nessa explosão após tanto ter sido pressionado, ela suspira um "viu como você faz?" - e disse: "pede para ele ter paciência comigo e com todo mundo, também!". Pronto, perdeu a razão... para ela, aquela explosão era tudo que queria: um momento de fúria para justificar sua raiva dele e ter pena, ainda mais pena, do outro. Isso me abala. Ver que as pessoas criam situações para justificar suas ilusões e fantasias e, pior, tanto fazem que, numa reação natural elas conseguem comprovar a própria fantasia, ainda que a realidade seja outra. A explosão dele foi injustificada? Ver-se sendo condenado por algo que não lhe compete é algo agradável? Nem todo mundo tem esse preparo e a força que me refiro é essa, a força do ego para entender que esses ataques não lhe dizem respeito e entender que nada mais é do que reflexo da dor do outro... entender isso é que requer essa força e essa inteligência emocional. Mas, convenhamos, nem todos nós temos. A diferença é que, ao se afastar, tem-se tempo para elaborar e seguir com as próprias escolhas e ele escolheu se afastar para ficar forte e não condenar essas pessoas que tanto o atacam gratuitamente. Isso é nobreza. Isso é bom caráter! Ele se trata com terapia, vida social, vida profissional... ou seja, ocupando seu tempo de maneira produtiva - ao contrário do outro que não faz nada da vida e ainda se queixa da falta de tempo... é aquela história, quem mais tem tempo livre é quem menos tem tempo útil... - e se ajuda como pessoa. Um dia, leve o tempo que levar, talvez, ele tenha essa força emocional para dar conta de conviver com o irmão, ou não... Infelizmente, só quem pode resolver nossos problemas somos nós mesmos. Por mais ajuda que recebamos, se não houver vontade de se ajudar, se não houver capacidade de se ver e se assumir, não tem santo que dê jeito, aí, só Jesus salva!

E fica o apelo para essa mãe: pode ser duro, mas, tente ver o lado do seu outro filho também, o mais velho, porque ele já precisou muito de você e não a teve como ele precisava. Ajudar ao outro é fazer pelo outro o que ele precisa, não o que ele queira ou você queira, esse é o ponto de divergência entre eles: a aparente capacidade de refletir da mãe é uma inflexibilidade que a manipulação sustenta, ou ele faz como ela quer ou, nada feito... mas, o que é preciso ser feito? É complicado? É! Muito! Complicar ainda mais, resolve, ajuda? Se não começar o ajuste, o afastamento será maior e cada dia maior. E condenar quem se afasta por escolher viver em paz, sem essa agonia desenfreada não merece a condenação que vem tendo. Infelizmente, reconhecer que o filho problema pede ajuda urgente e profissional não é motivo de mágoa, de lamentar... lamentável é não ver ação, não se fazer nada e esperar um milagre de portas fechadas. 

Por isso que eu sempre me pergunto, antes de estabelecer uma DS ou estabelecer um contato direto: "sofrer ou rever?". 

O ciúme entre irmãos é um perigo e se os pais não souberem conduzir de maneira equilibrada - até com ajuda profissional - isso aumenta na fase adulta e segue, se espalhando. O ser ciumento é possessivo, agoniado e medroso... vive em estado de tensão e vive implodindo e explodindo em quem estiver ao redor. Tem ciúme de todos e quer ser o centro das atenções de qualquer maneira. É pesado... mas, deixar correr solto e, volto a lembrar, cobrar de quem não deve, nada se resolve! 

Plantar coisa boas não impede de que ervas-daninhas invadam o campo... o plantar requer o cuidado na limpeza do solo, também, para cortar esses invasores - que têm a função de lembrar "cuida, zela o teu campo". Isso é "ariar" o tal karma, é recolocar-se no caminho rumo a essência, não criar um caminho paralelo que só te faz andar, andar, andar e se mexer. É preciso se mover no e para o caminho certo. Andar a ermo, para qualquer lugar é qualquer coisa, só para não ficar parado. 

Pat Lins.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LÁ VAI A BOLA, GIRAR NA RODA. PASSAR ADIANTE, SEM DEMORA...


O grande problema é quando a decepção é da expectativa que criaram de mim e não que eu tenha causado...

Esse problema está em quem se deixa levar pela ilusão que a expectativa cria. E piora quando se prolifera que fulano é isso ou aquilo de acordo com o que criei dele e, diante da realidade dele não atender ao que eu subjetivamente esperava - afinal, expectativa em geral é algo subjetivo... - saio eu "detonando" e "queimando o filme, legal" dessa pessoa. 

E haja gente desequilibrada a esse ponto. Já nem sei se é desequilíbrio ou fruto do meio. A realidade social tem uma base muito forte em "achismos" - com duas vertentes: comprovadas cientificamente ou do dito popular - e na superficialidade. Pronto! Formou! Isso é o alimento ideal para o mundo irreal.

Hello! Está na hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor! Valor? Custa quanto? É assim que se é visto o valor, como algo comprável, pagável... 

...Pois sim, no fim, dessa canção, você que estiver com a bola do pensamento na mão, depressa, pule fora desse ciclo vicioso de mediocridade e sandices sem tamanho!

Pat Lins.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

LIBERDADE DE ESCOLHA


"A ESSÊNCIA DA LIBERDADE É ESCOLHERMOS A NOSSA PRÓPRIA ESCRAVIDÃO" 
- mais ou menos isso - já dizia Sartre!

Essa máxima nos lembra que, mesmo enquanto no âmbito social - corpo maior que nos induz ou conduz - somos capazes de fazer pequenas escolhas que nos farão diferença. Compreender, ajustar, adaptar... enfim, como sermos o mais EU possível, sem agredir, sem revolta, sem exigir do outro, sem expectativas, sem julgamento de valores... Eu penso que a gente não pode mudar o todo externo, mas, a parte que nos compete. Utopicamente eu creio que se cada um assim fizer, o todo é alterado, leve o tempo que levar. Para isso, precisamos cuidar de cada parte do nosso todo individual.

Gente, somos processo de busca e alteração para a vida inteira e mais um pouquinho. Melhor começar agora essa auto-reflexão  QUEM SOU EU? Para começarmos a nos aproximar mais de nós mesmos, do que da aparência simplória que esperam de nós. Se cada um só espera que o outro seja como ele não é, assim, todo mundo será uma fachada geral. Se eu sou o que você espera que eu seja e fulano espera que eu seja outra coisa, beltrano outra... ou não me termino nunca, porque só serei settings de mim mesma... cenários montados para cada cena ou assumo para mim e para o outro quem sou e exijo respeito, respeitando quem eles são. Eu sou muito mais: sou eu!

A liberdade está no equilíbrio entre o que conseguimos ser e quem somos. Não é tão rápido mudar. Requer esforço, tempo e vivência. Nem sempre somos "testados" para comprovar nossas "mudanças". É um processo contínuo, sem um "chegar lá", parar e fim. É chegar lá, parar - se estiver cansado ou caso seja necessário - e ir. 

E lembremos que toda liberdade tem um limite de ação: a minha liberdade consiste no respeito ao espaço do outro. Se eu não souber entender isso, não serei livre, serei invasora alheia e agirei como um bárbaro. É preciso entendermos cada parte envolvida para compreender que o todo LIVRE tem base para existir - paciência, compreensão; tem eixo central - respeito; e tem suas periferias em volta. Somos um complexo - não o pejorativo deturpado da palavra, mas, complexo no sentido de sermos envoltos por um monte de coisinhas e coisões - e, dentro dessa complexidade, somos livres para seguirmos: cedendo às pressões externas; buscando-se mais internamente... enfim, cada um tem seu caminho. Os conflitos advêm dessas diferenças. O impasse é gerado pelo orgulho e pela vaidade. O querer ir além é romper com essas emoções baixas e enlouquecedoras. O resolver, mediar, ajustar é evolução e requer honestidade, franqueza e muita firmeza de caráter. O resto, qualquer meia boca faz.

Liberdade é muito mais do que um grito de guerra ou uma forma de expressão, é um estado de espírito, de busca e continuidade. Não é só romper os grilhões que nos prendem, é não aprisionar, também. Não é só abrir a gaiola e sair voando... tem gente que curte a calma e a acomodação da gaiola... vê um sentido naquilo. Tem gente que quer tanto sair da gaiola que, quando vê aberta, nem sabe o que fazer. Portanto, ser livre requer muito de auto-conhecimento, busca, paciência, compreensão, verdade, bons valores, ética e, ao encontrar essa tal liberdade, estará diante da felicidade, da paz, da sabedoria e do ápice do ser: SER.

Para alguns, liberdade é apenas pular do alto de um penhasco... eu não sei se para ser livre tem uma única maneira de saber que é se jogando... eu penso que posso ser livre de onde estou, mesmo. Posso escolher! A escolha é individual, desde que não interfira física ou moralmente - moral, não o brio, nem o melindre do outro... o outro também precisa avaliar se foi ofendido, machucado ou afim ou foi melindre, brio... orgulho ferido - no espaço do outro. A liberdade é infinita e circular: todos fazemos parte de um algo maior que nos une, sem aprisionar. Outra coisa: união não é prisão - não propriamente dita... mas, é o que mais fazemos dela. A liberdade também não é um surto... Não é necessária uma atitude extremista para alcançá-la. Requer atitude, isso sim. Requer ação. Requer que seja feito algo para desconstruir a construção deturpada. Não se trata de uma loucura insalubre. Livre é quem sabe o que fazer com sua condição de escolha e sempre escolher com ponderação.

Portanto, para mim 

LIBERDADE É ENTENDER QUE POSSO ESCOLHER, NEM QUE SEJA VER DE UM ÂNGULO MELHOR, ATÉ CONSEGUIR ME DISPOR A  MUDAR! (Pat Lins)

Pat Lins.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

"MORTE, MORTE, MORTE QUE TALVEZ SEJA O SEGREDO DESSA VIDA"

Esta semana assisti ao filme "Raul Seixas" e ficou esse alerta, essa lição. Não para temermos a morte, mas, o como vivemos.

Uma de suas ex-esposas, afirmou que ele sonhava em ter um filho homem, para seguir os passos dele. Nunca teve. Pensei: impossível ser Raul, só ele mesmo seria capaz de se aguentar. Ele era único, sem igual. Não falo de bom ou ruim. Nem o conhecia. Mesmo que o conhecesse, não sei se teria essa capacidade de julgá-lo. 

Sei lá, tem gente que vem a vida, como ele, com um talento tão grande, com uma baita sensibilidade e um temor, ainda que contraditório, ao que faz e, por isso, continua fazendo, se destruindo ou apenas indo. Ele deixou mensagens profundas. Se afundou onde não conseguia sair. Esse é o grande risco de quem não sabe para onde quer ir e tem o mega talento que ele tinha.

Enfim, não era para falar de Raul, este post, apenas, pegar a ponga nessa mensagem brilhantes que ele nos deixou:

domingo, 21 de outubro de 2012

COISAS DA VIDA: A MORTE


Pior do que não ter podido dar sequer um adeus, foi passar tanto tempo sem ter ido dar os "ois" que já fez tanto parte da nossa rotina.

Infelizmente, depois que a pessoa parte, o "por que deixei o dia a dia me levar para longe de tanta gente que amo?". Mas, o Tempo traz isso, também, como ponto para reflexão. Hoje, reflito com muita dor, pela perda de uma pessoa querida, amada e mãe de outra pessoa querida, amada, que sempre me identifiquei... nos damos tão bem e estamos afastadas por fatores circunstanciais. Eu queria ter a mega capacidade de dar atenção e estar em todos os lugares, mas, me fechei nesses últimos anos ao recolhimento do meu ser e limitei meu perímetro de contatos. Nesse meio tempo, filtrei bastante quem queria ao meu lado. Essas pessoas não estavam fora do filtro, estavam dentro, mas, não tive tempo hábil de retomar o contato e uma delas foi ao encontro do Pai. Tem coisa mais legal do que saber que um anjo retornou ao céu? Porque Suci era um anjo. Símbolo de doçura, força, compreensão, dedicação, cuidado, zelo. Era uma mãezona, uma avózaça, uma amigaça! Sou amiga da sua filha, mas, a tinha como uma amiga, também. Um exemplo. Ela já me deu tantos bons conselhos nessa vida. Ela já fez tanto por tanta gente! E nunca cobrou nada de ninguém. 

Hoje, não sei o que me dói mais: o tempo que passei distante ou o tempo que não se tem mais para recuperar. Nem sei se ela sabia o quanto eu a admirava! Ela era uma pessoa de natureza pacífica. Uma pessoa que não se melindrava. Uma pessoa que simplesmente, nem deveria se dar conta de quanto era especial. O que Suci me remetia é que ela, simplesmente, fazia a parte dela. Esse senso de dever com a vida era que me convidava a querer sentir mais daquela sabedoria. Fora as regalias de fazer comidas deliciosas e os frangos como eu gostava... huuummmm! Ela era única. 

Pessoa boa, aquela ali, viu?

Siga em paz, amada e querida!

Que Deus te receba com os braços abertos. Se joga no colo Dele! Mergulha e se refaz! 

E mais um anjo retorna ao seu lugar.

Hoje, choro lágrimas ambíguas de "culpa" - que ei de deixar passar, porque o tempo que vivemos, ou a má administração do tempo tem dessas coisas, mesmo... - e de ter que dar adeus, porque faz parte da vida. E esses momentos nos ajudam a muitas coisas, como nos abrir para corrigirmos um monte de coisa, porque só Deus sabe o dia de cada um de nós e nem sempre teremos a oportunidade de dizer "adeus". O que vivemos foi real, foi sincero, foi intenso! 

Nessas horas, a gente lembra e sente a necessidade de se viver e fazer ainda mais coisas boas, ainda que, talvez, não consigamos fazer tudo ou muitas delas. Ao menos, as pessoas com algo de bom dentro de si têm essa capacidade de não se revoltar e sim, aceitar e se entregar ao caminho do melhor a cada dia. 

Siga em paz, Suci!

Pat Lins.

O MELHOR A ENSINAR É SEMPRE APRENDER



Tem gente que quer ensinar sobre flexibilidade e não sabe ser flexível. Tem gente que quer ensinar a equilibrar e mal sabe se amparar em si... 

Como ensinar a perdoar, se nem sabe compreender?

Ensinando aquilo que não se sabe, quem aprende, aprende tudo errado... 

O importante não é o ensinar, mas o aprender. Ninguém tem que ensinar nada a ninguém, muito menos verdades cartesianas, a não ser a importância do constante aprender e apreender.

Todo mundo, cada um, tem mais é que se voltar para o constante aprendizado. Mas, como aprender sem alguém para ensinar? Esse é o maior dilema que nos impusemos: nada parte de cada um, porque nos ensinaram que todos somos uma única massa. Muito trabalho para desconstruir tanto entrave. Não falo em bandalheira, falo em consciência do próprio dever, da busca do "Ser", através do que estamos aqui, imersos, o "não ser".

Se todo mundo aprende e apreende algo de bom, belo, justo, útil, construtivo e com base em compreensão ampliada, todo mundo tem algo de bom a ensinar. Não ao outro, mas si mesmo. E cada outro terá o que aprender com cada um. Todos aprenderemos juntos que só construindo o melhor de cada um, todos colhem uma boa evolução!

A vida é ambígua: aprender e ensinar... eu penso que deve ser para nos levar que o processo é dinâmico, não para.

Pat Lins.

sábado, 20 de outubro de 2012

QUERO VIVER A LOUCURA SAUDÁVEL DE MELHORAR A CADA DIA.



Às vezes eu tenho a sensação de que todo mundo resolveu surtar de maneira insalubre... 

Uma loucura saudável, faz até bem... mexe, inquieta, alavanca. 

Uma loucura insalubre limita, engessa, atrapalha e impede o progresso, o evoluir natural.

É isso: a loucura saudável é natural; vem da necessidade de transgredir, de sair da zona de conforto, da curva normótica do todo dia o mesmo dia e criar novos caminhos em rumo ao caminho de nossa alma. 

O problema é que o povo leva ao pé da letra e mantém a atitude tacanha de sempre, julgando, condenando e manipulando e querendo um mundo melhor...

Façamos um mundo melhor melhorando nosso mundo individual. Quando o individual se integra ao coletivo como algo natural, não há colisão. 

Plantemos algo de bom hoje. Reguemos esse algo de bom. Colhamos bons frutos que gerarão outras boas sementes. Assim, mudança será sinal de melhoria constante: sucesso!

Falta de amor - a si e ao outro - para mim é doença! E doença grave! 

QUERO VIVER A LOUCURA SAUDÁVEL DE MELHORAR A CADA DIA.

Pat Lins.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SEM SABER PARA ONDE IR: PARA, ESPERA, RESPIRA, REFLETE E SEGUE


Muitos de nós, por temer admitir que não sabe o que fazer, nem para onde ir, faz um monte de coisa de vez, para não ter a sensação de que precisa parar e, para muitos, parar ainda soa "perda de tempo". Isso é reflexo do dia a dia que criamos e inventamos que precisamos inventar a cada segundo algo novo, senão ficamos obsoletos. 

O mundo está aí, há milhões de anos, girando em rotação a translação, ao redor do sol, desde que o mundo é mundo... E sempre está mais jovem do que cada um de nós. A gente parte e ele fica. Outros chegam. Tantos vão. Ele aqui. Ele ali. Ele na dele. A gente destrói, constrói e ele, girando e se renovando. Dia desses ele explode, como fez com tantos outros habitantes... e surge de novo, novo e revigorado... de um novo início. Até ele, o mundo,de tempo em tempo precisa explodir, parar e reexistir.

Pois é, observando a realidade a gente é capaz de ver muita coisa. 

Atualmente, me deparei com mais uma encruzilhada. Para onde ir? Tudo de vez. Muitos caminhos novos. Muita demanda e o não saber por onde começar. Mesmo com minha querida escala de prioridade, não estou dando conta das demandas atuais. Parei. Só doido fica se debatendo e correndo por aí, feito barata tonta, sem saber que rumo tomar e indo a qualquer lugar. Numa dessas, se afasta ainda mais do caminho.

Estou respirando, observando, refletindo, ponderando e me organizando para agir. É simples, já explodi, agora é hora de construir. Hora de construir requer tempo de avaliar terreno, ir pisando devagar... Tudo com calma. Hora de seguir é já, já.

Pat Lins.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

APREENDENDO...


Tanta coisa para aprender, aqui e agora.

Tanta coisa boa para apreender, aqui e agora.

Pensar mais. Falar menos. Agir mais. Energia usada de maneira correta: sem desperdício.

A gente só tem o tempo presente, aqui e agora para começar a mudar e, de preferência, para melhor. Gastamos tempo e combustível demais de maneira improdutiva.

Pat Lins.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

TUFÃO


Gente, desde o início da novela das 21h - "Avenida Brasil" - que o povo condena Tufão, personagem de Murilo Benicio, como se ele fosse um "corno" pacífico... ou como um "otário" que gosta de ser enganado.

Pelo amor de Deus! Isso demonstra o quanto somos pessoas cruéis. Ele, o personagem, é um cara correto, íntegro e do bem. Uma pessoa que está sendo enganado. O "erro" na história é a maldade de quem engana.

Venho observando o quanto as pessoas são capazes de "aceitar" a vilã Carminha e condenam Tufão, como "cego". Isso me impressionou! Como é mais fácil aceitar quem engana, como pessoa esperta e como consideram o inocente enganado como burro. 

Não sei muito bem como expressar meu pensamento e o levantar de questões que ebuliram em minha cabecinha... mas, foi um som de alerta no tom de preocupação com as mentes humanas.

Isso determina muito sobre certas condutas nossas em querer enganar para não ser enganado. Que medo é esse de não passar atestado de "otário"? 

Não acho Tufão bobo, nem ingênuo, ele, simplesmente, nunca viu nada que o fizesse se sentir enganado. Ele   fazia a parte dele. Veja, hoje, que ele percebeu indícios de que estava sendo enganado, como manteve sua integridade e está em busca da verdade que lhe omitiram. Isso é ser uma pessoa do bem: investiga, antes de tudo, para não ser injusto. Eu sou fã do personagem. Ele é humano. Se apaixona, sente culpa, erra... se confunde... E age. 

Agora, que ele sentiu o cheiro de falcatrua, no ar, e age como sempre agiu, em prol da justiça e do correto, as pessoas começaram a idolatrá-lo... Ele é o mesmo do início da novela. O mesmo que sempre teve uma conduta íntegra e correta. Só porque o circo começa a pegar fogo, as pessoas o enxergam e valorizam...

O que nos leva a pensar e agir assim? Só gostamos de ver intrigas, brigas... Ninguém o valorizou por ser ele mesmo. Já a Nina, que era boa e passou  a agir como uma vilã, por aprontar e enganar, era tida como "esperta" e "certa". A vingança e o plano diabólico dela, do mesmo jeito frio que sua rival age, foi bem aceito... Isso me impressiona, viu?

Bom, não finalizo aqui meu pensamento. Não se refere a uma trama de novela, mas, a maneira como nós, pessoas agimos, pensamos... Por que é tão difícil aceitarmos o bem? 

Pat Lins.

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