quarta-feira, 19 de novembro de 2014

SER GRATO OU NÃO SER, EIS "UMA" QUESTÃO...

Imagem: Google 
Às vezes, alguém faz ou nos dá algo para nos agradar - ou, nós somos esse alguém que faz algo para agradar outro alguém... - e não nos agrada. Não porque não sabemos receber, mas porque o que a pessoa fez, simplesmente, não era o que precisávamos. 

Eu agradeço, de coração, quando isso acontece, mas se trata de uma saia justa, né? 

Assim, em conversa com um amigo que estava num dilema sobre: como não ser ingrato, nem ser obrigado a usar algo que não gosto?

Começamos a observar nossas atitudes. Eu, por exemplo, quando vou dar algo a alguém, procuro saber do que a pessoa precisa - não gosto de dar ou fazer algo apenas para cumprir tabela... - ou do que ela gosta. Com cuidado. Por exemplo, desde que engordei muito, passei a ter dificuldade em encontrar roupa no estilo que gosto, assim, fui meio que "obrigada" a usar muita estampa e, acredite quem quiser, eu não sou fã de roupa estampada... Gosto de roupas neutras e básicas - tanto tons escuros, quanto claros, desde que lisos ou com pouca estampa -, com acessórios que valorizem. Até curto uma estampa, mas quando tem um fundo neutro maior... Não sou contra estampas, só não gosto muito. Entretanto, uso muita estampa e, assim, muitas vezes dizem ou compram e me dizem: "achei a sua cara!". Fico feliz pelo cuidado da pessoa em perceber o que uso, mas, não é bem o meu estilo de verdade. Eu uso, numa boa, porque não sou inflexível por conta de uma estampa... Não me custa usar, quando recebo, mas se eu não me sentir confortável, não uso, também, não deixo de ser grata.

Não tem problema algum em dar ou receber o que não gosta, o que não precisava... A questão é não ser cobrado a usar ou fazer algo, nem cobrar que usem ou façam algo que... é isso.

Fico impressionada com nossa capacidade de aprisionar a quem damos ou para quem fazemos algo. Sério! A gente compromete o outro por conta das nossas carências... e, através de melindre, nos doemos e chamamos o outro - ou somos chamados - de ingrato... essa é uma questão muito bacana para refletirmos: onde está a ingratidão? Em quem dá ou faz ou em quem recebe? 

Percebemos que se tratava de algo aparentemente simples, mas é muito complexo compreender isso e esgotar o assunto. Decidimos, eu e meu amigo, registrar aqui e, após leitura, retomar o papo. O que percebemos, de cara, foi o APEGO, expecativa ou a necessidade de agradar para ser aceito... Tem muito mais por aí...

Aqui eu doou um pouco de mim, dos meus pensamentos, do meu cotidiano, das minhas crenças, dos meus valores. Muita gente recebe e curte; muita gente não gosta; muita gente nem abre, nem lê... eu penso que eu dou perguntas para quem precisar delas, assim como eu, só isso. Não posso cobrar que todos gostem. Assim, entendo que dar e receber não é corrente, nem cadeado. Não tenho que prender ninguém, nem me sentir presa. 

Um pouco de perfume sempre fica nas mãos de quem oferece flores.
                                                                                                     Provérbio Chinês


Assim, fica a questão:

SER GRATO OU NÃO SER, EIS UMA QUESTÃO?

O que é, de fato, gratidão? O que é doação? O que é presentear? O que é se doar? O que é dar sem esperar receber, nem que seja receber a gratidão como escravidão?

E, por fim: somos responsáveis pela reação do outro?

Pat Lins.

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