quinta-feira, 11 de agosto de 2016

SOBRE TUDO E SOBRE NADA - UM RAIO X DA MODERNA HISTÓRIA DE SEMPRE

Imagem: http://kdfrases.com/frase/109297

Nossa doença se chama ser humano. De tempo em tempo, uma febre é criada. E quanto maior o terror e pânico que causa, mais nos tornamos reféns. O marketing sobrevive desse medo e dessa euforia. Um alimenta o outro, cria cisões, proliferam um clima de catástrofe. Adorei um texto que li e diz que um determinado jogo veio como o raio x. Ou seja, veio revelar o que já existe. O mal da humanidade sempre foi a superficialidade.

À medida que o tempo passa, o desejo de fugir das consequências que criou aliena boa parte das pessoas. Preocupa-me ver o alarde/força que estão dando a algo, sem sequer perceber que o estão alimentando. Não jogo esse jogo, muito menos joguinhos do face, entre outros. Lembro constantemente que somos manipulados desde sempre, pois foi mais fácil crucificar o Cristo e libertar um bandido.

Temos uma tendência natural à estupidez. Quanto mais atacarmos esse jogo, mais força ele ganha. E menos perceberemos que já somos manipulados há muito tempo, transferindo para esse modismo que poderia ser passageiro e não causar tanto "mal" a "culpa" de tanta estupidez... Já o somos, com ou sem ele. Até o que vestimos, como vestimos, o que comemos, onde comemos, shoppings, tv, o estilo de entretenimento criado e firmado nos levam a viver essa vida vazia. Um jogo que faz esse sucesso e cresce cada dia mais pelo pânico que cria, mostra que sua força é fraca, porém, nós o fortalecemos e instigamos mais pessoas a jogar, criando um clima contraditório de medo e curiosidade... infelizmente, não adianta mais pedir que evitemos bater de frente... Já fizemos e ele se firma. Somos um povo mais do que ignorantes. Somos estúpidos, de natureza dura. E nosso cérebro é muito estranho. Quanto mais argumento para dizer "não jogue", mais gente jogará. Eu opto por ver o que de bom pode trazer, porque na dualidade que vivemos, tudo tem um porquê e um lado positivo.

Caminhemos em paz. Não precisamos desse jogo nem em palavras. Pronunciar seu nome é fortalecer um recall, e nem percebemos.

E, outra coisa, orientemos quem nos perguntar ou comentar : "Você já baixou para matar sua curiosidade?  Porque eu baixei, só para compreender, não compreendi, desisntalei e vi que eu não sou doente, nem ignorante. Falo do que fui verificar para hoje dizer que loucos somos todos, com ou sem esse jogo. Ele é apenas mais um alerta de quem e como somos ingenuamente burros."

Sabe aquele lance de uma mentira repetida várias vezes que se torna verdade? É verdade. Quanto mais repetimos, mais força damos. Ninguém se iluda ao achar que repetindo se está combatendo... nem se iluda como se fosse o mair guerreiro em batalha. Bobagem! Está sendo co-responsável. Está fortalecendo. O verdadeiro combate é fazer algo de útil, de verdade. É não julgar o que leva e a quem leva, nem tentar entender o que os leva. Eu,  caçador de mim! E assim, sim,  será muito mais real. Só se é sendo. Falar de um ponto e ser vítima de algo similar, soa como hipocrisia. Afinal, você pode não jogar esse jogo, mas é manipulado pela mídia, pela moda da roupa, pela moda da comida, pelos joguinhos em redes sociais... tudo em nosso cotidiano é manipulação. Só assumindo que somos encontraremos a libertação - ou a porta para essa tal liberdade. Muita coisa é viciante e nós somos altamente viciáveis.

Ocupe seu tempo com algo que realmente goste. Ficar aí caçando quem caça, te afasta de si.

Minha opinião e alerta.

Pat Lins

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Ser Mulher e não poder ser...

Imagem : Olhares Sapo
Gente, se dói em cada uma de nós, a brutalidade de uma menina de 16 anos sofrer estupro coletivo por 33 homens, incluindo o namoradinho, imagina a família da menina?  Imagina, agora, a família dos idiotas? Imagina a mãe, a irmã, a esposa ou namorada de algum deles? Que perigo correm. Que decepção vivem? A mãe de um desgraçado desses deve estar sofrendo mais do que todo mundo, quero crer, por ver que aquele ser que ela, mulher, gerou dentro dela foi responsável e irresponsável por isso. Imagina a própria jovem! Como serásua vida, suas crenças, sua maneira de se relacionar... Estarrecedor é que os homens, são meninos, jovens de 18 anos, em média. Jovens do século XXI!

E voltemos na história. Quantas escravas passaram por isso, sem ter a quem recorrer,  sem ter quem defendesse. Aconteceu algo parecido no Piauí e só soubemos em rede Nacional porque a ONU emitiu uma nota de repúdio... o que vivemos é um arquétipo mais do que cruel. Não se trata de machismo apenas, se trata de algo muito maior. Se trata de poder e empoderamento. O preconceito social, regional... Se trata de permissividade por algo que ninguém sabe quando começou. Se trata de antes da Bíblia ser escrita... é algo da era das cavernas, onde os homens arrastavam as mulheres pelos cabelos para possuir. Assim como viam uma carne e seguiam os instintos para devorar, assim o faziam quando viam uma mulher. Sempre fomos objeto de satisfação e posse. Por mais sutil que seja, os homens sentem que mandam na gente. Os muçulmanos praticam esse crime ediondo em suas mulheres. Jesus salvou uma mulher de ser apedrejada. Jesus foi questionado porque permitia que uma mulher o seguisse e porque ele dava atenção a ela como aos seus apóstolos. Maria Madalena foi essa mulher que representa a liberdade de ser mulher, por ser humana tanto quanto os homens, mas o negócio era tão feio que ela nunca pode entrar num livro bíblico, tendo ela escrito e passado a verdadeira mensagem do Cristo. Hoje, se reconhece que existe esse livro apócrifo. É algo que não faz o menor sentido. Algo reforçado pelas religiões. Algo reforçado pelo interesse que assim permaneça.

Até quando? Já avançamos muito, mas falta o essencial : respeito real e natural pela igualdade de direitos. Que fisicamente somos diferentes sabemos. Porém, essas diferenças não justificam uma supremacia "macho alpha" sobre a sociedade.

Nossa sociedade está bem refletida no padrão insano de "linda, recatada e do lar" que para muitos apenas uma piada, para outros apenas um ponto de vista e cultural... para nós, um perigo e alerta.

A culpa é sempre do algoz, não da vítima. Que fique bem claro, minha gente. Nada justifica a brutalidade, um atentado desse nível. NADA! Que a menina estivesse nua. Não estamos falando de relação sexual. Estamos falando de ESTUPRO,  de agressividade, de uma quase morte, porque o que aconteceu não foi o prazer sexual mas um gozo desgraçado pelo poder que aquela posição lhes deu: o poder de destruir. Foi uma ode à crueldade, insanidade. Um deleite sádico de ver o sofrimento do outro, a vida de uma menina nas mãos deles. Poupem-me de justificativas vazias. Se fosse um cara sendo seduzido por ela, seria relação sexual consentida. Se fosse um joguinho barato de sedução uma das partes teria direito de escolha. Não foi isso. Não foi algo que tenha justificativa. Não há razões. E uma mulher muçulmana, que anda de burca, quando um desgraçado e desalmado desses estupra? Para piorar, ela ainda sofre mais estupro, o estupro corretivo, coletivo,permitido pelo pai e lela lei porque se um homem chegou a esse ponto foi porque ela pediu. Ou seja, a culpa é dela? Covardia!

Para meu filho, sustento a importância de se respeitar qualquer pessoa, não entro pelo gênero porque não buscamos segregação, buscamos o respeito natural do Ser com outro Ser. E não é tarefa fácil nadar contra essa correnteza e loucura estabelecida.

Sejamos as semeadoras de tâmaras em forma de filhos e filhas com valores e virtudes.

#LugarDeMulher #HomensEMulheresRespeitoMutuoENatutal #BelaDestacadaEDaVida #ViverMelhor #UmMundoMelhor #MulherÉSerHumano #MulherDeveSerRespeitada #Mulher

Patricia Lins

quinta-feira, 19 de maio de 2016

EM CIMA DO MURO COMO POSICIONAMENTO PACÍFICO

Imagem: Mundo Ubuntu
Percebo que esse ritmo de vida que desenvolvemos só tem causado problema... será que é só "achismo" meu? Vejo as pessoas acreditando em tudo que se é divulgado ao bel prazer do entendimento. Me assusto, inclusive, com algumas atitudes de pessoas que se intitulam e colocam como "pensantes". Não julgo, porém, não deixo de constatar. Apenas afirmo e reafirmo que se trata de uma maneira de pensar. Por isso, comigo, não há guerras, intrigas ou afins. O cenário político e econômico atual do Brasil revela algo muito mais grave: o social em crise. Uma crise moral, de valores, de respeito... melhor: falta de moral, de bons valores, de respeito. Uma intransigência que "Deusmelivre!".
Outro dia, subindo o elevador de um determinado local, eu com jornal na mão, vejo matéria sobre o impedimento da presidente e a ode à "Lava-jato" e digo: "que bom que a democracia permite isso. Mas, que não pare por aí. Que sejam investigados, sob a mesma linha desenvolvida e alegações que conduziram a esse levante de dados, todos os demais citados. Se serviu para um partido, os outros citados também devem ser olhados de perto. Aí, sim, acreditarei que o movimento é imparcial. Fora isso... para mim é só o começo de algo mais sombrio do que aparenta". Isso, falávamos suavemente, segurando a porta do elevador - coisa feia... - e uma grita: "para mim já tá bom! Eu quero é que continue investigando esse PT que só tem ladrão...". Susto! Uma pessoa "estudada", inteligente... veio para cima de mim e da outra pessoa como se fosse bater na gente. Eu sorri e disse: "creio que estamos falando quase a mesma coisa. Porém, apenas porém, eu quero que vá até o fim. Tire todo mundo!". E ela: "eu também! Que todo mundo do PT saia!". Por essas e outras que vejo uma coisa, só acho: o brasileiro é um povo "ruimzinho", viu? Aceita tudo que vem pelas grandes mídias... Aí, vejo que somos o quintal dos EUA. Na Europa se tem Educação como parte da Cultura. E todos são culturalmente bem educados, porque são pessoas orientadas a questionar, a não baixar a cabeça e se conformar com unilateralismo ou disfarces, ou manipulações, máscaras...
Um povo com Cultura definida tem Identidade, sabe ser mais tolerante. A intolerância faz parte da anti-cultura, da burrice, da estupidez. Como os ataques da senhora que me referi e tantos outros. Estou brigando com ela? Estou "de mal"? De jeito algum, para mim é o jeito dela e de muita, mas muita gente pensar. E assim se faz a história: cada um conta a sua versão dos fatos, amplifica seu ângulo para o todo e agride aqueles que não compactuam, ainda que pacificamente, da sua ótica. Minha ótica não é em cima do muro por não querer me posicionar, minha ótica fica em cima do muro do discordar dos dois lados, pois não creio em "um, nem no outro" e sim num todo maior, além do que se estão fazendo. Digo NÃO à manipulação, e ao retrocesso. Digo NÃO ao desrespeito. Como conversava com uma pessoa e concordamos num ponto muito interessante: "problema dos grupos mais radicais como os Bolsonaros e outros é que nós compreendemos o ponto de vista deles, ainda que pensemos diferente, temos um nível de compreensão e respeito, a gente inclui enquanto eles excluem qualquer um que pense diferente... isso é intolerância". Pois é!
Se um tem direito de manifestar, o outro também tem. Isso é estar em cima do muro? Respeitar é estar em cima de que muro?
Infelizmente, na atual conjuntura, enquanto o muro estiver ali, dividindo opiniões, amigos, familiares... pessoas, em cima dele estarei, porque muito se lutou e luta para que as divisões sejam transformadas em multiplicações. O Respeito traz essa base. Enquanto houver muro de segregação, há cisão. E se há cisão, graças a Deus temos a parte de cima do muro - que para cada lado se torna das lamentações, pois encontram uma zona neutra - pois, se não houvesse a parte d cima do muro, o futuro estaria comprometido e uma guerra acirrada se estabeleceria muito pior do que se apresenta.
O "muro" de hoje é a possível solução racional e ponderada de amanhã. O muro que me refiro são os da zona neutra, que assumem não tomar partido de um ou de outro lado, mas observam, constatam e enxergam os dois lados e mais outro: o que deveria ser realmente visto - o Brasil e os brasileiros.
Ademais, tudo circo. Sem ofender o circo, claro!
Em cima do muro é possível ter um pouco de paz e não cobrança, para se manter consciente e acordado nessa clara manipulação de ideais e interesses partidários. E nós, povo, onde ficamos? No paredão! Melhor me manter em cima do muro, enquanto ele ainda existe. Se ele cair sem respeito ou conciliação, adeus o que resta do engodo que ainda chamamos democracia. A quem interessar possa, assumir-se de um dos lados não é erro, é escolha consciente. Escolher um dos lados e culpar quem não é, isso sim é erro. Escolher um dos lados e se tornar agressivo com quem não é, isso sim é erro, loucura e insalubridade. Nos observemos dentro dessa crise... Além da crise coletiva, desencadeada em nome da democracia, ainda que não sendo muito bemmm esse o objetivo real - olha o veneno... - a crise individual vem mostrando um ódio entre pessoas próximas que não se justifica ou restringe à escolha do lado de cada um... olhe bem se o problema não é em mim mesmo? Muitas explosões, atritos, brigas... enfim, isso é algo a se observar. Mas, só quem está na zona neutra - ou no muro das observações, para refletir, ponderar imparcialmente - pode alertar. Eu não causei esse furacão... apesar de fazer parte dele. O centro do furacão é o lugar onde ele não gira... isso não é apologia aos partidos de centro, Ok?! Estes também têm suas coligações e posições. Me refiro ao centro neutro, sem vínculo ou ideal de partido algum. Não confundam o muro que falo com indecisão, é não se sentir representado pela cisão... é lembrar a cada lado que ele pode respeitar o outro lado. Quem está em cima do muro que me refiro, apenas pondera, para que um dia, esse muro possa deixar de existir e todos os lados sejam penas UM!
Pensar bem! UBUNTU! Do continente mais discriminado, vem a maior mensagem de salvação - EU SOU PORQUE NÓS SOMOS!
Pat Lins

terça-feira, 29 de março de 2016

SALVADOR 467 – CIDADE MÃE

Foto: Thais Santana 


SALVADOR 467 – CIDADE MÃE
                                                               Patricia Lins

E eis que surge um povo novo
Uns povos novos
Uns novos, uns outros,
Uns mesmos que viraram outros
Eis que vieram das águas, dos mares,
Das terras,
Do nada
E aqui se fez uma mistura pura,
Não pura,
Impura,
Tortura
E todos clamavam magia,
Para se fazer alegria entre tantas dores
Por cores desiguais.
E eis que pedimos:
Salva dor, Salvador!
Ontem, o novo doía...
Doía tanto que ser diferente dos que só queriam os seus iguais
Era sentença de morte, de monstro, de animais!
Tantas cores, tantas crenças,
Tantas diferenças
Doíam cada dia mais!
Doía tanto, até para os que aqui já viviam
E nada entendiam:
A terra que a gente vivia, onde tudo compartilhávamos, já não existe mais!
Quem manda agora quer tudo,
das nossas almas, aos nossos prantos,
Da nossa comida, à nossa força, à nossa vida!
Insatisfeitos, nos destruíram,
Nossa casa não existe mais.
Nosso povo não é bem-vindo,
Fomos banidos, dos nossos próprios locais!
Saímos correndo, apenas alguns poucos, para ter paz.”.
A terra que é mãe, acolheu a todos.
Ela não escolhia para quem brotar, brotava para quem nela plantava
E esse mundo novo que aqui vivia, brotava cada dia mais.
As cores se multiplicaram
E eram bem importantes nuns dias de carnavais
Depois desses dias, os portais se fechavam
E as alegrias coloridas
Já não cabiam mais
Ninguém entende, ainda hoje, por que as cores ainda doem?
Cidade miscigenada,
Cidade de todos os cantos, encantos e axé,
Sagrado e profano...
Onde está a verdadeira paz?
Salva dor, Salvador!
Salva e cura a dor dos desiguais!
Salva nossas dores,

Para que elas não doam mais!

domingo, 27 de março de 2016

TEMPO


Sabe o que o Tempo tem me dito esses dias?

Que Ele segue o fluxo próprio. Como o seguiremos é como nos melhor satisfaz. Para ele, diferença não faz.

Se parar, ele chega, ele segue, ele vai, ele volta e no Tempo certo tudo que é para ser, é e pronto. Nada mais.

Se correr, ele chega, ele segue, ele vai, ele volta e no Tempo certo tudo que é para ser, é e pronto. Nada mais.

Se andar, ele chega, ele segue, ele vai, ele volta e no Tempo certo tudo que é para ser, é e pronto. Nada mais.

Não importa ao Tempo como seguimos. Isso só importa para a gente, que ainda não sabe se importar com o que realmente importa. Fechamos as portas e ainda dizemos que sabemos o que fazemos e sabemos mais do que o outro. Nos afastamos do Tempo, para seguir o tempo corrido dos mortais. Morremos sem viver e vivemos sem paz.

E o Tempo, quando chega, coloca tudo no lugar. Daí, a gente agradece e volta a fazer tudo de novo, esperando Ele voltar.

Pat Lins

terça-feira, 15 de março de 2016

TEMPO DE DESCANSAR

Imagem: SerEsPaPeFiCo
Chega uma hora, onde tudo cansa, 
ninguém fala, ninguém dança, 
apenas a música ainda a tocar.

Nessa hora, nada adianta, 
a não ser o tempo que passa 
a gente nunca alcança, 
porque ele sempre segue
e a gente continua a esperar ele voltar.

Pat Lins

quarta-feira, 2 de março de 2016

#SQN - PARECE ÓBVIO, MAS NÃO É

Imagem: GeradorMemes

Aquilo que exclui, não une. Aquilo que não une, separa. O que separa afasta. E tudo vai ficando,  cada dia mais distante.

E, hoje, excluímos os mais velhos,  como se doesse tanto olhar para nosso futuro que, diante de tanta vergonha, reagimos mal e os tratamos mal. Parece óbvio, né?! Só que não! Olha aí: #sqn 

Excluímos as crianças, querendo que sejam os adultos brilhantes que não somos, transferindo para elas todo esse fardo.

Os jovens, nós excluímos,  porque precisamos alegar que alguém não sabe do que fala, nem do que faz... Quando,  na verdade, nós é que não sabemos de nada.

Excluímos a tudo e a todos. Com isso,  olhar no espelho, só para ver o cabelo liso e bem escovado, para que pareça que somos perfeitos e impecáveis. O parecer ganha força, cada dia mais e mais. E, me parece, ele bem que está gostando de aparecer. Ah, o espelho já nem serve mais para nossas selfies... já temos câmeras para selfie. Inventamos e criamos tanta coisa pitoresca e útil... que o fútil nos domina e rimos com ele, e ele de nós. Sim, galera! Tô nessa vibe, também. 

Pois é... destruímos o que é natural, porque o fabricado ou sintético é mais prático. #sqn 

Nos deparamos com rios invadindo ruas e cidades. Invadindo? A gente não assume a responsabilidade, de jeito algum, né?! #sqn A natureza pede passagem e mostra que destruí-la é nos destruir. 

E por aí vamos, excluindo e destruindo tudo. Separando o que nos serve e acumulando o que não presta. 

Não dá para ler, porque não temos tempo; não dá para falar, porque você deve ser capaz de adivinhar; não posso ouvir, porque não importa; não para... errar, porque todo mundo só acerta! Né isso? Por aí! #sqn

Nos tornamos imprestáveis, cruéis e insensíveis. Empurramos com a barriga, para que a bomba exploda lá a frente, onde a geração que chega já carrega a marca do medo de como será o amanhã, porque o hoje não dá esperança. É a caixa de Pandora vazia, completamente vazia, onde até a esperança que veio em meio à toda catástrofe fosse destruída. Isso, sim, é o fim! Quando nem a esperança existe mais. 

Na conjuntura atual, não há espaço para mais ninguém, para mais nada. Eis o vazio do fim ou o vazio de um novo começo com nosso fim.

Pois é... parece óbvio, #sqn - só que não!

Pat Lins

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

"FAZER DIFERENTE EXIGE MUITO MAIS QUE CONTRADIZER" - Morgana Gazel


Coisas interessantes que observei esses dias... Um grupo reunido, conversando e se divertindo.

Daí, um deles, voltando ao grupo, andando, rindo muito, fala:

- Gente, acabei de ver uma coisa. Uma coisa horrenda. Cabelo armado, dente amarelo e gorda, ai mulher desleixada... - e todos riram "mmmuuuoooiiiitttoooo" desdenhando da criatura. Todos repetindo o bordão "ai como sou bandida", como se fosse lindo o que estavam fazendo, super coisa boa e digna!

Penso: 

A intolerância e a discriminação estão em todos os cantos. Estão em todas as mentes pequenas e maldosas, porque o ser humano pequeno é cruel e maldoso e se faz cada dia menor diante de sua enorme hipocrisia de ser um vazio constante. A discriminação fica ainda mais feia e gritante em grupos discriminados que conseguem reunir milhões nas ruas para gritar por justiça e igualdade... e, no dia a dia, discriminam, julgam e condenam... 

Quem somos nós? Um bando de gente perdia e aflita por não se ocupar com coisas úteis. O fútil impera em todas as classes, cores, credos, raças... O vazio toma conta e os ideais se perdem. Estamos indo. Um dia, adeus!

Prova de que vivemos um ciclo vicioso. Bandeiras erguidas em prol de justiça que se perdem quando precisam ser e honrar a justiça que se prega ou que se almeja.

Morgana Gazel - escritora - tem uma frase que adoro: 

"Fazer diferente exige muito mais que contradizer"

Finalizo, assim, meu pensamento e repúdio pela falta de honradez do ser humano em geral, dos pequenos e medianos, porque os grandes nem se dão a esse trabalho torpe de ser o oposto do que se fala. Os grande se sabem e são, no mínimo, coerentes.

Minha bandeira é "ABAIXO A HIPOCRISIA!".

Pat Lins.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

ONDE ESTÁ O PONTO DE EQUILÍBRIO?

Imagem: www.easyespanol.org 

Hoje, acordei meio inquieta, instigada ou inspirada, sei lá, com um pensamento repetitivo:

QUEM DISSE QUE O PONTO DE EQUILÍBRIO É UMA RETA? E QUEM DISSE QUE É UM PONTO CENTRAL, QUE FICA PARADO QUANDO VOCÊ CHEGA LÁ?

Por aí,  já viu, né?!

Diante de uma enxurrada de pensamentos, me pareceu tão óbvio, que, em vez de pensar: "entendi!", entendi, a ponto de pensar: "é mesmo!".

Seguinte:

O equilíbrio não é um ponto, nem uma reta, APENAS.  Ele pode ter diversas formas,  desde que seja  IDENTIFICADO um ponto, que não é apenas um ponto, mas,  do tipo, uma compreensão.

O que precisamos saber é quem somos e onde estamos.

Assim, onde estiver, preciso saber quem Sou; quem Eu Sou precisa se reconhecer onde eu estiver.

Saber que, mesmo na carne é um ser espiritual e que, mesmo espirutual,  tá na carne. Se somos a imagem e semelhança de Deus,  apesar de estarmos humanos,  seremos, um dia, divinos, porque para sermos divinos,  nascemos.

Ser e estar é um movimento e em movimento, dinâmico,  vivo. Por isso não pode ser um ponto estanque, eternamente estático.

 HARMONIA - eis o verdadeiro equilíbrio.

Boa viagem, na reflexão!

Pat Lins

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O QUE É O TEMPO DEPOIS DO TEMPO?

Imagem: Blog Café com Jesus

O que é um segundo após um segundo? O que é um minuto depois de um minuto? O que é um ano após um ano?

Depois que o tempo passa, o que é o tempo?

Depois, o que era antes, deixa de ser... 

E o que é o tempo antes dele ser? 

Já não é? 

É!

Só temos o aqui e agora!

Pat Lins

sábado, 16 de janeiro de 2016

O PONTEIRO DOS RELÓGIOS

Imagem: BLOG TROMBA DE ELEFANTE
Estamos vivendo una época onde ninguém tem tempo para ouvir,  apenas falar.

O argumento de que o tempo é curto, muita coisa para fazer e tudo precisa ser "otimizado", vem criando mais uma deturpação e comprometendo a QUALIDADE das informações.

Ser objetivo, direto e falar pouco NÃO  são sinônimos. Ser objetivo e direto é falar claramente o que é,  por que e para que, que, a depender do conteúdo,  pode ser num tempo breve e resumido ou extenso. Vai depender da ocasião,  do grau de relevância e da precisão. Mas o que vem sendo confundido e confundindo é a supressão do que falar. Como os relógios enlouquecidos e acelerados desse tempo distorcido que vivemos determina que só diga o que é,  mesmo assim, rapidamente,  o que é passa a ser um resumo reduzidíssimo do que é e, muitas vezes, nem diz de verdade o que é. Cria-se um novo "o que é ", totalmente teórico,  para substituir o que é,  mesmo.

Percebo que o ser egóico, imaturo e infantil que somos,  tem potencializado essa natureza sem sentido de truncar a comunicação. Isso compromete as relações. Isso compromete a realidade. Isso esconde a verdade. Isso acirra esse mundo de mentiras e manipulações. Isso faz com que cada um de nós tenha mais medo e se torne cada vez mais escravo dessa avalanche de loucura. Isso é o que vem nos moldando e deformando.

Se não temos tempo para escutar uma explicação e vamos logo condenando,  onde está a troca, aí?
Todo objetivo traz uma ou mais justificativas.

Pensemos nisso... Nessa falta de tempo para o essencial. E nessa dedicação ao tempo pervertido - perverso e invertido - da falta de valores positivos.

Enquanto Alice cresce,  o coelho enlouquece e continua aflito com as horas guias dos ponteiros do relógio.

Estamos cada vez mais sem tempo para viver. Morremos a cada tic tac... Tic tac tic tac tic tac trimmmmm... Até a bomba explodir.

Pat Lins

 Patricia Lins

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